O CULPADO - PARTE II
A Anabela e a Isabel não sabem o que fazer; têm medo de desatar à gargalhada e começar uma discussão.
Por isso, apressam-se a apanhar os dossiers do chão e, ignorando os protestos da Conceição, distribuem-nos.
" Como o André sugeriu, quando os concluirmos, arquivamos a cópia digital na nuvem e o físico vai para a sala central." diz a Anabela " Foi isso que ficou combinado após o workshop."
" Mas isso é tão antiquado..." protesta a Conceição.
" O Sistema informático pode ser corrompido, os arquivos podem ser perdidos e isso pode demorar algum tempo. Essa é a razão porque ainda temos uma cópia em papel. " argumenta a Isabel " Aconteceu isso a um dos nossos clientes e ele demorou semanas a recuperar e não recuperou tudo." acrescenta.
A Conceição cala-se, as outras não sabem se continua zangada.
Quando o André regressa da reunião, que, apesar de todos os problemas, correu muito bem, a Conceição levanta-se e pede-lhe desculpa.
" O André desculpe, não pensei bem! Para a próxima, dê-me um estaladão."
O André abre muito os olhos, a Isabel abafa uma gargalhada e a Anabela não quer acreditar no que está a ouvir.
A Conceição sorri-lhes, volta a sentar-se e continua a trabalhar.
A Isabel faz sinal aos outros dois e saem do gabinete.
Abrem a porta da sala do café, está vazia felizmente e desatam às gargalhadas.
" Ela é parva, ou quê? " pergunta o André.
" Sei lá, mas acho que, para a próxima, dá-lhe o estaladão." e a Isabel volta a rir-se.
" É como tu dizes, ela é parva e pensa que os outros o são também." exclama a Anabela.
" Tenho que voltar, tenho que escrever o relatório e, não me posso esquecer, tenho que o arquivar na nuvem." e os três riem-se novamente.
CONTINUA
Comentários
Labirinto de emoções... {Poetizando e Encantando}
Beijos e um excelente fim de semana.