A DECEPÇÃO - O FIM


A Fátima tenta não pensar muito no assunto e concentra-se no trabalho.

Continua a falar com a Marina e a outra irmã, Matilde também lhe telefona.

Rodrigo, o irmão, surpreende-a com uma visita relâmpago, mas, embora tenha sido simpático, amigável, a Fátima sente que a fuga dela para o Brasil é ainda um assunto tabu.

Talvez devessem ter falado sobre o assunto, dito o que sentiam, desanuviavam o ambiente e começado realmente a viver. 

Iniciado uma nova etapa; assim, a Fátima sente-se isolada.

Do Francisco, não sabe nada; o Telmo diz-lhe que falou com ele, mas o filho recusou-se a ouvir. O Pai não vai insistir, lamenta.

Fátima sente-se muito magoada; sabe que a culpa foi unicamente sua. Às vezes, pensa no que teria acontecido se tivesse ficado.

Estariam ela e o Telmo ainda casados? Teriam ela e o Francisco uma boa relação? Continuaria a haver entre ela e os irmãos aquela união e cumplicidade de que os Pais tanto se orgulhavam?

A vida é um enigma, não há planos definitivos, consola-se.

Gosta da vida que está a ter agora, esforça-se para não cometer erros.

O preço é muito elevado... talvez tenha sorte e consiga conquistar novamente o filho e a família.

Por isso, fica surpreendida quando a Matilde a convida para passar com eles o Natal desse ano.

O próximo passo é dela... 


FIM




Comentários

Larissa Santos disse…
E terminou bem:))
Hoje:-
O que ontem foi amor, hoje é loucura...


Bjos
Votos de um óptimo Domingo.
Vim te ler,
me encantar e
deixar bjins de
bom fim de semana.
CatiahoAlc.
Sofá Amarelo disse…
Uma história terrivelmente real... conseguiste captar pormenores psicológicos e sociológicos tão reais que ao ler até parecia que estava a ler a história real de além e do seu círculo de contactos. É difícil escolher qual o teu melhor conto dos muitos que tens publicado nos últimos meses mas se eu tivesse mesmo mesmo de eleger um, acho que este teria muitas hipóteses de ser o meu eleito... porque conseguiste abarcar uma série de temas e particularidades de vidas reais que se não forem exactamente assim serão muito, muito semelhantes. Parabéns pela tuia percepção da vida, das vidas...
Mais um belo conto que terminou!:)

Beijos...Boa noite!

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