O NOVO CASO - FIM


Passam-se algumas semanas.

Leitão decide não comprar o terreno e investir na agricultura biológica.

O jardim já lhe consome muito tempo, inscreveu-se num Clube de jardinagem e participa activamente em torneios amadores de xadrez.

Continua com as caminhadas e às quintas-feiras, janta com o Juiz e com o Dr Oliveira, um advogado que se instalou recentemente na aldeia.

É no jardim que Lopes o encontra naquela sexta-feira. 

Trouxe a família que está já instalada numa cabine no Parque Natural e enquanto exploram o recinto, o ex-sargento resolve informar o Inspector reformado do desenvolvimento recente do caso arquivado.

" Como já lhe tinha dito, não sabemos para onde foi o Gonçalo Mateus Abreu. Mas ela ficou no Brasil e em breve, tornou-se o braço direito de uma determinada organização."

" Criminosa, obviamente. " diz o ex-Inspector.

" Na organização por detrás da legítima." esclarece Lopes " Ao que parece, ela foi visitar um determinado local e foi apanhada num tiroteio entre a polícia e uns assaltantes. Morreu de imediato e a polícia contactou a Embaixada Portuguesa para saber o que fazer com o corpo. Tecnicamente, ela continua a ser Portuguesa."

" E? " pergunta Leitão.

" A família do Gonçalo Abreu não quer ouvir falar nela e a dela muito menos. Por isso, fica por lá. Talvez a dita organização se encarregue do funeral. Mas duvido! " acrescenta Lopes.

Conversam mais uns minutos e Lopes despede-se, pois acha que " a esta hora, os miúdos já enlouqueceram a minha mulher!"

Quanto a Leitão, fica a matutar no caso. 

Porque agora tem todo o interesse em saber o que aconteceu a Gonçalo Mateus Abreu.

Quem sabe se não o vai descobrir quando menos esperar?


FIM



Comentários

Muito bem, acabou bem!

Beijos e um excelente dia.
Larissa Santos disse…
Obrigada pela estória :))

Bjos
Votos de uma boa noite
Sofá Amarelo disse…
Há pormenores nas tuas histórias que acho riquíssimos. Um deles é os nomes que dás aos protagonistas e que se encaixam que nem uma luva nas personagens. É assim: aquelas personagens só podiam ter mesmo aqueles nomes, são realmente os mais adequados e elucidativos.

Outros pormenores prendem-se com a actualidade e a visão actual que demonstras ter: não acredito que haja muitos romances mesmo de grandes escritores que falem de enveredar pela agricultura biológica e descrever refeições do agrado de muita gente, como o peixe assado e as batatas a murro...

parabéns pela observação da realidade :-)

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