PACIÊNCIA - PARTE V
A Luciana passa o dia calada e a D.Goretti queixa-se de que " estas meninas modernas não sabem o que querem."
Apenas o Mendes não está preocupado e faz ameaças veladas à Rita sempre que pode.
Esta ignora-as, convencida de que o assunto morrerá ali.
Contudo, a meio da tarde têm uma discussão tão violenta que a Rita desata a chorar e coloca o lugar à disposição.
O chefe diz-lhe para ir para casa mais cedo; ele falará com o Mendes e analisará o assunto.
Luciana parece aterrorizada e a D.Goretti repete: " Eu bem a avisei de que isto aconteceria um dia."
No dia seguinte, quando a Rita entra ao serviço, o chefe comunica-lhe que deixará de tratar dos processos do Mendes.
" Estas discussões têm que terminar, Rita. Quando tiver razão, responda, não tenha medo. Não pode bloquear e deixar que o Mendes a maltrate. Ele é um fala-barato; analisei o processo de ontem, estava tudo em ordem e bastou-me dizer isso para ele se calar. Por isso, Rita, até nova ordem, vai trabalhar com o Meireles; eu tenho orientado o trabalho dele, a Rita tem experiência suficiente para o fazer também e qualquer dúvida, eu estou cá para os ajudar. Está claro, Rita? "
A Rita murmura um " está bem " e sai do gabinete. Não conhece muito bem o Meireles; foi-lhe apresentado quando entrou ao serviço, mas pouco falou com ele. Será boa ideia? interroga-se.
O Meireles terá uns 30 anos, tem uns grandes olhos azuis e um sorriso aberto. Está encostado à secretária dela e estende-lhe a mão, quando ela se aproxime.
" Rita, não é? O chefe disse que vou trabalhar consigo; por isso, adiei as reuniões desta manhã para vermos juntos os detalhes dos processos. "
A Rita olha-o surpreendida. Não há dúvida de que é um bom ponto de partida para o trabalho de equipa.
CONTINUA
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