A CONFISSÃO - PARTE VII


Quando sabe do jogo ilegal no Clube, o Inspector Leitão acha que é essa a explicação para os depósitos avultados na conta do Maurício Prates.

" Se calhar, ele frequentava o outro Clube para angariar clientes para o jogo e recebia uma comissão. Tudo legal através de uma Empresa de decoração..." explica.

" Temos que saber mais sobre essa empresa e também temos que descobrir quem é o barman." concorda o Bernardes.

" O Matos disse-me que o nome do conhecido é Carlos Tadeu.  Talvez a Brigada Anti-Jogo saiba alguma coisa, vou falar com eles." diz o Henriques e desaparece.

Os outros membros da Brigada ficam em silêncio que o Bernardes se apressa a interromper.

" Qual a ligação da Vera com as mortes da Zita, da Andreia e do Prates? Há qualquer coisa que está a falhar e não sei o que é!" confessa.

" O tal Matos não a viu com essas dançarinas? Pode ter dito ao barman e este comunicado aos superiores.." sugere o Leitão " Ou foi trabalhar para lá como espia..." 

" Espia? " repete o Brites " Do Prates? Para controlar? "

" Não!" o Bernardes rejeita de imediato a ideia " Todos a descrevem como uma pessoa modesta, honesta...."

" Pode ser uma fachada..." responde o Leitão.

O Henriques chega com novidades.  Há suspeitas de que a empresa de decoração é uma forma de " lavar dinheiro " de um Grupo poderoso ligado ao jogo ilegal.

Mas é só isso: a nível fiscal, cumpre todos os requisitos e tem bom nome no mercado.

Segundo a imobiliária onde o Prates trabalhava, era habitual a empresa decorar as casas ou escritórios para venda ou arrendamento para atrair clientes e muitos acabam por ficar com o mobiliário instalado.

CONTINUA

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