A ENTREVISTA - FIM
A Francisca não parece convencida e a Teresa suspira, a sobrinha pode ser muito teimosa ás vezes.
O que diria a Rita agora? pensa e é então que tem uma ideia, um almoço só de mulheres em casa da irmã Carolina, era isso que a Rita faria.
Vamos organizar um almoço em casa da Carolina, e ergue a mão quando percebe que a sobrinha vai protestar, convida-se a Clotilde e tu também vais estar lá.
Separam-se à porta, a Francisca está amuada, mas a tia está muito animada, telefona de imediato ao Gonçalo.
Conta-lhe por alto a conversa com a Francisca, a tua filha está a exagerar, diz, mas tenho um plano e é por isso que preciso do nº de telemóvel da tua amiga.
Mas o que é que vais fazer? insiste o Gonçalo, estas mulheres são uma confusão, pensa, mas não se atreve a contrariar a cunhada.
Avisa a Clotilde de que vai receber um telefonema da cunhada Teresa, vais gostar dela, é muito sensata, muito prática, comenta, não sei o que ela tem em mente, mas vai ser interessante.
A companheira gostaria de saber mais, mas o Gonçalo recusa responder a mais perguntas e a Clotide aceita o convite para almoçar um pouco apreensiva.
Não pode negar uma certa curiosidade, se confiar na descrição do Gonçalo, tanto a Teresa como a Carolina devem ser pessoas interessantes e quem mais estará lá?
Além da Teresa e da Carolina e da Francisca, claro, a Clotilde conhece a Filipa, a filha mais velha da Carolina, a Sofia, filha da Teresa e falta a Inês, explica a Carolina, é actriz, encenadora e escritora e está agora a orientar um workshop.
O almoço é simples e elegante, a conversa decorre fluída e até a Francisca está mais solta e risonha.
Mesmo assim, a Clotilde tem a certeza de que o caminho não será fácil...
FIM
Comentários