VERA - PARTE IV


" Se calhar, foste tu a autora do crime, Vera!" diz a Helena maliciosa.

" EU??? " repete a Vera, estupefacta.

" Sim, vocês as duas estavam sempre a discutir e, às vezes, a Luísa tinha razão. A Vera é muito leviana!" acrescenta a Cristiana.

" E ia matá-la? Vocês estão tolinhas?" responde a Vera, indignada.

" Nunca se sabe!" continua a Cristiana " A Vera está armada em menina bem, trabalha só para si... nunca em equipa!"

A Vera fica boquiaberta com a injustiça dos comentários e as outras duas riem-se.

Esperam que desate a chorar, mas a Vera recompõe-se e comenta:

" Lamento que pensem isso, porque, ao que eu saiba, nunca prejudiquei ninguém." e senta-se.

É a vez das outras duas ficarem caladas. A atada, a idiota a fazer-lhes um discurso? E, tinham que admitir, ela não tinha prejudicado ninguém.


Pensando bem, para atingir os seus objectivos, a Luísa não se importava de " calcar" fosse quem fosse.

Roubou o caixa e se a Helena fosse acusada do roubo, melhor.

Por isso, não fizeram mais comentários e concentraram-se nos projectos em mão.

A Vera presta pouca atenção ao trabalho e o Chefe tem que lhe chamar a atenção.

Não pode definir o que sente - se humilhada, se frustrada ou simplesmente irritada.

Não pode realmente continuar a trabalhar na empresa, explica à médica, uma coisa é não gostarem de mim, outra é insinuarem que fui culpada da morte da Luísa.

As pessoas dizem coisas estúpidas no calor do momento, insiste a médica.

Não, não foi, afirma a Vera com a confiança que a médica queria que ela ganhasse.


CONTINUA

Comentários

Larissa Santos disse…
Um capitulo intenso :))

Hoje : O Meu horizonte adormecido.

Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira.
Alice Alquimia disse…
Sigo lendo e apreciando.
Kique disse…
Gostei grande historia
Bjs

Kique

Hoje em Caminhos Percorridos - Urgências...irá melhorar

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