EXCENTRICIDADES - PARTE II


Não regressa a casa, não atende o telemóvel e mais desesperada fica a Flora quando lhe dizem que não está ao serviço há mais de seis meses.

Já nem se preocupa não ter ficado com a casa; tem muitas outras questões para resolver.

Onde é que o Henrique passa os dias? Diz sempre que está muito ocupado e tem que trabalhar até tarde.

E dinheiro? Donde vem o dinheiro?

Flora não sabe o que pensar e nem a Helena nem a Rute sabem o que dizer quando desata a chorar na casa de banho.

Acabam por a deixar sozinha para se recompor e a Flora respira fundo.

" Será melhor lavar a cara com água fria." diz uma voz.

Surpreendida, volta-se e vê a Paula que lhe estende o saquinho com a maquilhagem.

" Tenho aqui uma base para olhos. Vai disfarçar o vermelho e também pode retocar a do rosto. Esteja à vontade." convida.

Flora aceita a oferta e quando se volta a olhar no espelho, está apresentável.

" Muito melhor." elogia a Paula " Pronta? Sei que vai ser complicado, mas agora concentre-se no trabalho. Vai fazer-lhe bem. Já falou com a sua família, a dele?"

" Ainda não. Acho melhor falar sobre isto pessoalmente." confessa a Flora.

" Certo. Se precisar de alguma coisa... é só dizer." abre a porta e desaparece no corredor.

Flora sente-se um pouco reconfortada. A Paula foi prática, não se intrometeu, não deu conselhos.

Claro que não foi muito produtiva, até pediu à Paula para conferir determinados detalhes.

É com alívio que saí e vai directa a casa da Mãe que não quer acreditar na história.

Tenta falar com a sogra, com os cunhados, mas ninguém lhe atende o telefone.

Mas o pior ainda não aconteceu.


CONTINUA

Comentários

Larissa Santos disse…
Uma nervosite aguda quando não atendem o telefone :))

Hoje:- Quando os dias pesados me abatem o rosto

Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira .
Amei!

Beijo e uma boa noite!
Quase Cinderela disse…
Agora tou curiosa para saber o que gai acontecer e que anda ele a fazer afinal...
Gostei muito
Beijinho

Mensagens populares deste blogue

O SEGREDO PARTE II

O SEGREDO PARTE III

O PROBLEMA DO GONÇALO FIM