O HUMOR - FIM

 

Então, não temos mais nada a dizer, diz o Bernardo lentamente e a Rosário encolhe os ombros, parece que não! Isto é o fim! Espero que continuemos amigos, responde e estende-lhe a mão.

O Bernardo olha-a duramente, a Rosário baixa os olhos, a mão, murmura qualquer coisa e afasta-se.

O Bernardo saí atarantado do ginásio, não consegue pensar direito e fica sentado no carro durante uns minutos.

Acho que era a única solução, não deixes que isso interfira com os teus planos, recomenda o Major.

O Bernardo telefonou-lhe, convidou-o para tomar um café, devia falar com a minha Mãe sobre isto, mas não estou preparado, confessa.

O Major compreende, quem lhe dera que os filhos confiassem nele, mas a relação continua a ser distante, até um pouco hostil.

Quando sabe, a Aída apenas o abraça, lamento, filho, e não comenta mais nada.

Incentivam-nos a telefonar ao Gustavo, o Bernardo acaba por aceitar o convite para jantar deste e a noite é agradável.

O Gustavo está cheio de planos, quer abrir uma empresa dela, talvez me possas ajudar, observa, mas o Bernardo é cauteloso, não se compromete com nada.

Regressa à empresa, ao estágio, concentra-se no trabalho que está a desenvolver.

Mas sente-se um pouco sozinho, os novos amigos percebem que algo está mal, mas não insistem quando o Bernardo responde delicadamente que é um assunto pessoal.

Tenta divertir-se, descobrir mais sobre a cultura do País, interessa-se por ciclismo e é no Clube que conhece a Maggie.

A Maggie é uma grande fá do desporto "outdoor" e em breve, ela e o Bernardo tem uma rotina para os fins de semana.

A Maggie é estudante de arte e restauro e o Bernardo fica a saber imenso sobre a arte no Século XVI que é área de interesse da nova amiga.

Um dia, a Maggie dorme em casa dele e tornam-se um casal.

O estágio está a chegar ao fim, tem que regressar e o Bernardo está um pouco dividido, mas a Maggie decide acompanhá-lo.

Está em contacto com uma Universidade, é um programa de intercâmbio, explica, encaixa no que quero fazer.

E, depois? pergunta o Bernardo, mas a namorada apenas sorri, um dia de cada vez, Bernardo.

O Bernardo corresponde ao sorriso, pode ser que isto resulte, pensa e senta-se à mesa para discutir vários pormenores com a namorada.

FIM

Comentários

Gostei do conto! Parabéns pela sua escrita maravilhosa!! :))
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A brisa descansa, e abre o caminho ...
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Beijos
Uma excelente semana...
Elvira Carvalho disse…
E esta também já está. Venha outra Marta! Que a sua escrita vicia. Tanto que há dias em que estou mesmo aflita dos olhos e não venho aos blogues a não ser este para acompanhar a sua história.
Abraço, saúde e boa semana
Estas tuas conclusões são literariamente soberbas, fecham ciclos mas deixam em aberto argumentos... parabéns.

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