Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2007

VIAGEM

Vontade louca de te acariciar a nuca…………… Esquivas-te ……………já nem te pergunto porquê………… Deixas que, no teu pescoço os meus braços se enrolem…………. contra mim te sinta………….. Nada mais……………………………. Suave, delicadamente, os meus braços tiras, afastas o corpo… A alma, o desejo e partes………….. Numa viagem só tua…………… Querida; neste jogo de emoção, Não quero ser vencido ou vencedor, Desculpe se tu tens a sensação De que distante estou, do nosso amor... Às vezes egoísta, às vezes não O certo é que te tenho sem temor, Numa explosão divina da paixão Eu quero ser de ti, merecedor... Muitas vezes, sozinho, a noite fria, Olhando enamorado para ti, Qual tolo, meu amor, não percebia Que, aos poucos te afastava sem saber... Em todos os meus erros, me perdi. Me dê de novo a chance de viver! CO - AUTOR MARCOS LOURES

ABSURDO

Absurdo.................. manter em segredo o beijo que desejei, visualizei, senti quente nos lábios o dia inteiro.............. Pensar que numa onda me posso transformar…. seguir o voo da gaivota.......... querer que sejas o penhasco, onde em gotinhas e espuma, perdida fiquei……………………. Absurdo… estar deitada na escuridão, a única luz - a dos raios da lua…………. por amuo, impedir que me toques ou me beijes……….. deixar intensificar a ansiedade, o cansaço, o stress que, fervilham....... Na hora em que nada é absurdo ou irreal…………..

PROFUNDAMENTE

Suspiro profundamente............... Involuntariamente, fecho os olhos, Deixo que os lábios se entreabram....... Humedeço-os com a ponta da língua... E aguardo que os teus........ nos meus escrevam o mesmo desejo…………. Os confundam…. Com promessas, que depois, pausada, oh, tão pausadamente cumpridas são…………….. E, no fim……….. Volto a suspirar profundamente...

TEU PERFUME/EU QUERO TEU AMOR

Nas nuvens estamos... Aconchegados... Abraçados......... A gozar o azul onde agora eu me entrego Por completo......... Em silêncio, revelando-me lentamente...... Como se de uma dança do ventre se tratasse Danço.... Para cima de ti, o meu véu atiro....... Indiferente ficas, com o rosto no escuro......... Danço no rasto da luz... Não fujo; procuro-a incessantemente......... A luz.... Sempre a luz............... Não vês o quanto quero tua luz? Não sentes quanto busco te encontrar? A vida se pesara feito cruz; Embalde, tantas vezes, quis buscar Nas nuvens este sonho de te ter A cada novo dia, uma esperança Que se renova em laços do prazer Refletido em teu véu, em tua dança... Eu quero te abraçar neste aconchego Do teu colo macio e tão sereno, Promessa de alegria e de sossego De todo um grande amor, imenso e pleno... Perdido, qual falena busca o lume, Busco, incessantemente, o teu perfume! CO-AUTOR MARCOS LOURES

ENTRE

Não sei se és a minha fantasia......... Ou a cor da minha paixão........ Existes, simplesmente........ Mesmo quando estou só a dançar com a lua... Entre cheiros a jasmim, a flor de laranjeira, a chá verde....... Ninfas, deusas, fadas......... Entre transparências....... Sinónimo de leveza e frescura..... Aí vivem nesse mundo de fragrâncias e essências... Florais, agridoces, intensas, sensuais...... À noite... Acentuam-se...........

SEM RESPOSTA -

Sonhar com as nuvens........ Voar com elas.......fugir da realidade e ultrapassar o horizonte... Caminhar pela água........conquistar o arco-íris........ E, sorrir... Enigmático, doce, suave............ Deixar para trás a ansiedade e apenas sonhar........ Hoje, bem aqui não me sinto e, talvez passeando com as nuvens, a resposta eu encontre........ Estou cansada de, apenas paredes encontrar................. Cercam-me... E, sentir-me presa, encurralada... eu não gosto............. O medo me domina e me tortura, Procuro a solução, mas vou cansado... Elevo-me além, mais ganhando altura Mas cada mais alto, encurralado... Ansiedade volta em cada sonho, Mergulho meus desejos neste mar. Também não vejo nada, o mar medonho, Paredes que não posso navegar... Sorrio, é o que me resta, nada mais... Eu sei que esta resposta já perdi. Não tenho mais meus pés, esqueço o cais, E tudo que pensara, nem aqui... Apenas vou fugindo de mim mesmo, Vagando sempre só, sozinho a esmo... NOTA: O CO - AUTOR DESTE

PÁDA (CAMINHO)

Sobrevivemos… Eu e a cidade…………. Ao bombardeamento em massa da chuva… Oblíqua, fria, insistente………… Nada faço……………fico parada…………….. Nem escrever consigo…………………. Apago as luzes, abro os cortinados e..... a persiana não fecho………… Deixo que a chuva dance nos vidros num sapateado exímio…………….. Beije, torture, lapide………………. Como um diamante, transparente, de cor rosada…………… Perfeitos, pacientes continuam os vidros... Como eu, que sentada na escuridão continuo… Inconscientemente, a posição de Buda assumindo………. E à procuro do meu páda (caminho)……………..

ENCANTO

Posso morrer na praia……………. Mas não antes... de esculpir na areia a tua mão…………… Os teus dedos longos, esguios… De contornar o teu braço………………….. Rodear os teus ombros………….. e avançar suavemente pelo teu peito…. Respirar com a tua pele………………. Não sei o caminho de volta……………. Já outras ondas se formam, encantando a praia………….. Como eu me encantei………… E agora... me evaporo…………………..

BAIXINHO

Baixinho....... Protesta o meu corpo quando, numa ponte o tento transformar........... Talvez prefira ser uma pequena onda... Que, das outras se separa e na praia morre, por não saber que regressar ao mar deve...... Ou um caranguejo, que saltita na areia quente, à procura de uma pequena poça nos rochedos........ Ou ficar apenas na posição de Buda, a passear-se pelo mundo irreal... pelas memórias... pelos desejos... pela vontade.... Súbita e louca de te acariciar... a nuca...................

SEM DESTINO

Continuas irreverente........ Apanhas-me desprevenida e aqui estás...... A trazer-me o ar da manhã, a salpicar-me com o perfume do jasmim....... Folheias o meu livro, como, se realmente interessado estivesses...... Franzes o nariz como se os aromas descritos no livro tivesses libertado e o ar enriquecido.... Sorris matreiro e pegas-me na mão... Deixo-me levar.........não importa para onde.... Hoje não temos destino.......... Ou talvez o nosso destino seja embrenhar-nos nas páginas do meu livro... E confundir-nos com o cheiro do queijo, do tomate, do orégão... Na paisagem quente e sedutora de Itália............

SOAR A BANAL

Pouco convencional Continuo a ser........ Pois, declaração de amor, escrever não vou....... Seguir a brisa eu vou....... Desafiar as leis de gravidade...... Romper com convenções e descer nos recantos mais escuros..... Onde ninguém sorri....... ou sabe mesmo o que isso é...... Uma palavra de apreço, de carinho ou de amor nunca recebeu............ O amor não floresce um único dia no ano, como as Rosas de Atacama**...... Por muito que isto soe a banal.......... Hoje, só vos deixo um sorriso..... Genuíno, de alma, de coração........ **No deserto de Atacama no Chile – Título também de um livro de Luis Sepúlveda

SONHOS VULNERÁVEIS

Tranquila... Com a ténue promessa de que nada a perturbaria, A noite embelezou-se...... Longas declarações de amor, Com a ajuda das estrelas escreveu....... Na perfeição, uma sensual dança do ventre encenou... Tal como uma diva idolatrada, no fim do espectáculo, doces beijos, escondidos nas pétalas das rosas, pelos cometas estupefactos distribuiu... Cansada, pela música doce que, pela minha janela se escoava, atraída se sentiu........... "Eine Kleine Nachtmusik"....... Mozart – escolho-a sempre que vulnerável me sinto........... E, juntas, Eu e a Noite deslizamos por entre as notas... As cordas dos violinos... No concerto em si nos transformamos............. Não dando conta que a chuva, matreira a nos agredir voltava..............

FEBRIL

Acordo febril e com a garganta dilacerada............ Num intervalo da chuva...... Alternando entre insignificantes e aborrecidos chuviscos E grossas e deprimentes bátegas........... Água... para refrescar o rosto e sossegar a garganta........ Lábios gretados, secos......língua esbranquiçada e inchada...... Olhar-me ao espelho não consigo.......... cansada, de cor e de energia desprovida me sinto....... Mas não aos olhos da noite........ Vitíma, como eu, da agressão da chuva................................

NOITE DE RECONQUISTA

RESPOSTA AO MEU DESAFIO (Post de 07-01-09) - PARA A.... Encontro-te sentado na sala, com as luzes baixas....... Assustas-me… Tu, com a tua lendária e inesgotável energia… Os teus desportos ultra radicais – nunca os entendi…. Como baixo está o som........ A música escolhida......o meu tango favorito... “À média luz” – que sempre desdenhaste e cuja letra, tantas vezes torturaste… Sorrio... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais... .... – o gesto simpático de um bom amigo para com a anfitriã do jantar……. Em vão...... E quando te interrogo com o olhar........... o teu continua inexpressivo……….. Apenas te levantas silenciosamente da cadeira E, para mim caminhas, desenhando na perfeição os passos clássicos do tango……… Arrebatando-me, conduzindo-me , fatalmente, pela sala….. Numa reconquista, numa renovação, Numa afirmação………….. P.S.: A todos que partiparam e que desejem ainda participar, OBRIGADA!

NOITE DE??? - DESAFIO DE SEMANA

Encontro-te sentado na sala, com as luzes baixas....... Como baixo está o som........ A música escolhida......o meu tango favorito... Sorrio... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais....... Em vão...... E quando te interrogo com o olhar........... A partir daqui, façam as vossas sugestões relativamente: o tango que está a tocar o que há em vez do champagne e das rosas o que esconde o olhar dele.....etc... Já sabem - a minha versão escrevo-a depois!!!

BRILHO DISCRETO

Não chores... Se a chuva o brilho te rouba...... Aprecia – a ........... Sente – a ................ Ouve o ritmo que ela impõe......... Antecipa-lhe o humor ............ Vê como o vento a cerca e a enfurece........ Como ela se desespera e o combate.......... Em chuveiros patéticos ou um dilúvio constante.......... Bom andar à chuva, por vezes... Bom também estar em casa, Mil e uma coisas exóticas possíveis de fazer..... No brilho discreto da chuva...........

NOITE ESCURA

A luz?? Só a da lua... Que meus passos em vigiar insiste....... Ciumenta, desconfiada de que novo confidente tenho, mesmo quando na penumbra tento ficar, ela segue-me........ Medo talvez de que eu fuja... De mim ou dela? Nem de uma nem de outra.... Apenas meditar quero... Sentar-me de olhos fechados, com as costas direitas e pernas cruzadas....... Fechar as mãos, em concha, a direita sobre a esquerda e a palma? Virada para ti... Para ti, Lua..... Tal como eu, nua e serena na noite escura.....

SEM SEGREDOS

Derrama-se na pele uma gota de óleo... Uma lágrima.... Densa, aromática.... Hesita em avançar... Estuda a textura, deixa que os poros se habituem à sua presença... Relaxem, abram e possa, então penetrar num reino quase desconhecido... Com movimentos circulares, massaja-se as costas das mãos, os dedos, as unhas... A palma, cada linha cuidadosamente traçada, respeitada, venerada... cada linha é uma história em si, uma rainha......... A gota rejubila, entranha-se, devolve à pele das mãos a suavidade... numa massagem sem segredos, apenas confiante.........

PINTURAS

Em silêncio, neste silêncio, novamente eu divago........ Com a brisa...... Que a minha silhueta contorna, recorta e na tua pele, com suavidade e exactidão a reproduz.... Te afaga, te beija... Com o meu perfume te conquista.... Fechas os olhos, respiramos profundamente, como um só.......... Na minha pele ...... a tua silhueta, a tua sombra insinua-se e a brisa responde, pintando-te nas cores da paixão..................................

NIGHT AND DAY

Encontras-me de noite, Nesta noite fria e escura de Fevereiro…… escondes-me no teu abraço…………. Perdoo-te a ausência…. Distraís-me, desejas-me…. Falas-me baixinho, Promessas, segredos, só nossos… Como é a noite…. Porque o dia afasta-nos…………. Barulho, confusão, interferência.... o espaço e o tempo sucumbem……. À pequenez, ao cansaço… Esquecidos quando à noite me reencontras……… E usufruímos, por fim, do silêncio … Nota: A música escolhida ´”Night and Day” – versão de Frank Sinatra

INTENSA

Beijas-me... Com a cumplicidade da brisa... A luz do dia espreita............... A angústia, enroscada como uma serpente no nosso corpo, impedindo-nos de respirar, provocando o pânico, dissipa-se.... Em golfadas, liberta-se o ar.... Apenas o cansaço prevalece....... Esse cansaço provocado por uma luta desigual.... Entre a razão mental e a sentimental........... Mas, repudiar as saudades..............a intensidade sentida e vivida........... Nunca!!!!