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A mostrar mensagens de setembro, 2019

O PROBLEMA DA MADALENA - O FIM

O organizador do evento mostra-se um pouco relutante, estas pessoas confiaram em mim, diz. O Inspector concorda, mas a pessoa em questão morreu em circunstâncias que têm que ser esclarecidas, devemos isso à família, explica. Estavam inscritas doze mulheres e doze homens, a Madalena falou com todos, mas não manifestou interesse por nenhum. Houve três homens que manifestaram interesse em a conhecer melhor, mas o organizador não lhes deu o email dela, porque ela não deu qualquer feedback.  O Inspector e o Osório suspiram, pois não sabem o que fazer. Alguém a seguiu, é óbvio e terá sido alguém que esteve naquele " speed dating". Mas quem? Se ela não informou o organizador que estava interessada em alguém? Podem falar com os homens interessados nela, mas, embora se lembrem dela, a vida continua. " E, não vais fazer mais nada?" insiste a mulher nessa noite. " Teresa, pensas que eu estou satisfeito? Gostava imenso de encontrar qu

O PROBLEMA DA MADALENA - PARTE VI

" Esperava que a Senhora me ajudasse a preencher algumas lacunas!" disse o Inspector polidamente. Torna-se óbvio que a Madalena pouco ou nada dizia à Mãe sobre quaisquer problemas que tivesse. Esta fica espantada quando o Torcato lhe diz que a filha estava a tentar obter um empréstimo bancário para pagar a parte da casa ao ex-marido. " Por amor de Deus! Com a venda da casa, ela podia comprar um apartamento mais pequeno, talvez até perto do infantário do Ricardo... Porque é que não me disse? Podia ter ficado comigo até resolver a situação..." lamenta a senhora e o Torcato fica apreensivo. Espera que o Sargento tenha tido mais sorte com a irmã, porque a investigação está num beco sem saída. Segundo a Cristina, conta o Osório, a Madalena ia com uma amiga a um Hotel para um " speed dating". " Não sei bem o que é isso! " confessa o Sargento " Mas a amiga chama-se Clotilde, está na lista de contactos do telemóvel da Madal

O PROBLEMA DA MADALENA - PARTE V

No dia seguinte, o Torcato não está muito bem disposto.  Acordou com dores nas costas, os filhos fizeram uma birra e chegaram tarde ao infantário. Por isso, não fica nada satisfeito quando o Osório lhe diz que o álibi do ex-marido está confirmado e os sistemas de vigilância, tanto do local de trabalho como o de casa, são muito sofisticados. " Fica tudo registado e basta a pessoa encostar-se à porta de emergência para o alarme disparar." explica o Sargento " Quanto ao divórcio, segundo os advogados, os problemas eram a casa e a custódia do miúdo." Conturbado, dissera a Teresa, mas parece estar a ser um divórcio normal, pensa o Torcato. " Ela não está a conseguir negociar um empréstimo para lhe pagar a parte dele da casa, por isso, os advogados aconselham a venda." continua o Osório " Quanto à custódia, ele quer ficar com o miúdo semana sim, semana não e ela não aceita!" " Pois, as crianças ficam perdidas no meio dos pais.&qu

O PROBLEMA DA MADALENA - PARTE IV

No Hospital, apesar de lidarem com a morte todos os dias, a equipa médica fica estupefacta com a ocorrência. " Têm a certeza? " pergunta o Director Clínico e o Torcato estende a foto da Madalena. " Mas como? Porquê?" insiste, mas o Torcato diz que ainda estão a investigar o caso e gostaria de falar com os outros membros da equipa de nutrição. Não, a Madalena era uma boa colega, óptima com os doentes... Sim, o divórcio tinha sido complicado, mas não sabiam os detalhes todos. Talvez a Dra Torcato soube mais alguma coisa sobre isso... O Senhor desculpe, mas é parente da Dra Torcato? Ah, é o marido...  A disposição da Dra Madalena nos últimos dias? Não, nada a assinalar, estava mais calma, mais relaxada, talvez porque o filho não estava e não tinha que andar a correr. É o Sargento Osório quem interroga a Teresa e esta manda de imediato um SMS ao marido. " Quero pormenores!" escreve, mas nessa noite, já tarde, o marido diz: &qu

O PROBLEMA DA MADALENA - PARTE III

" Madalena Gonçalves... e este cartão diz que é médica nutricionista no Hospital do Covelo..." lê o Inspector " Deve ser a colega desaparecida da minha mulher..." acrescenta. " Da sua mulher? " repete o Osório, mas o Torcato não responde. Diz apenas para ir com o médico legista, verificar as impressões digitais e se for realmente a Dra Madalena Gonçalves, terão que falar com o Hospital. Infelizmente, as suspeitas do Torcato confirmam-se, é efectivamente a Dra Madalena Gonçalves e a única pessoa que conseguiram contactar é o ex-marido. Este não parece ficar muito abalado, mas prontifica-se a identificá-la e faculta os contactos da sogra e da cunhada. " Há quanto tempo não vê a sua ex-mulher? " pergunta o Sargento e o ex-marido encolhe os ombros. " Eu e a Madalena só conversamos no gabinete dos advogados. Estamos a discutir a custódia do nosso filho." explica secamente " Tínhamos uma reunião marcada para a próxima s

O PROBLEMA DA MADALENA - PARTE II

" Não estará em casa da Mãe, da irmã, de uma outra amiga? Ou não terá um novo namorado? " sugere o Inspector. " A Mãe foi visitar a irmã que vive na Irlanda e levou o neto para conhecer os primos." responde a Teresa prontamente " Quanto a namorados? Não... ela ficou muito traumatizada com o divórcio e ainda não chegaram a acordo relativamente à custódia.... Achas que o ex-marido a raptou? " " Acho que estás a ler muitos romances policiais!" diz o marido a rir-se. " Não podes telefonar lá para as Pessoas Desaparecidas e saber se há alguma denúncia?" pergunta a mulher, mas o Dinis abana a cabeça. " Pelo que dizes, nem 24 horas passaram e não vou incomodar ninguém do Departamento, só porque a minha mulher acha que a amiga foi raptada!" observa " Podemos jantar qualquer coisa e simplesmente falar? " O jantar foi sossegado, como sempre, a Teresa tinha algumas histórias para contar. Não falaram ma

O PROBLEMA DA MADALENA

O agora Inspector Dinis Torcato está satisfeito que o irmão, o detective Lionel Torcato esteja a trabalhar com o Inspector Bernardes. " É um bom homem, exigente, mas muito profissional. Aprendemos com o melhor, o Inspector Leandro!" e o Dinis cala-se, lembrando-se do rigor com que o Inspector Leandro comandava a Brigada. O irmão não diz nada, recebe de bom grado todos os conselhos, mas tem as suas próprias ideias e metas. Por isso, o Inspector Dinis deixa-o em paz e vai para casa.  A mulher, Teresa, médica nutricionista, já deve estar em casa e deve ter histórias bem engraçadas para contar. Mas a Teresa está muito agitada, o que surpreende o Torcato.  Encontra-se sempre o lado engraçado das situações, enche a casa de música e risos e o Torcato não se lembra da última vez que viu os olhos verdes da mulher sombrios e o cabelo loiro assim despenteado. " O que aconteceu, Teresa? " pergunta, assustado " Alguma coisa com os miúdos?"

OS NOVOS DETECTIVES - FIM

Mas o Faria não tem tempo de fazer nada, porque a situação com o " Blue Car" precipitou-se e toda a Brigada tem que colaborar. O Torcato explica-lhe rapidamente os acontecimentos e o Faria prepara-se para o pior. Surpreendem os suspeitos, mas estes estão a carregar as carrinhas e o verdadeiro perigo está dentro do edifício. Apesar dos avisos de Brites, o Faria consegue descobrir uma porta lateral e entra sem ser visto. Alguns elementos da Brigada do Inspector Marques Coutinho seguem-no e dominam os outros membros do gangue. Pode dizer-se que a operação é um sucesso, mas Brites acha que o Faria se expôs ao perigo desnecessariamente. " Isto não pode voltar a acontecer!" diz o Sargento, furioso " Desobedeceu às ordens, pôs em perigo os seus colegas e foi um sorte terem saído de lá só com golpes." O Torcato sorri-lhe, mas o Faria encolhe os ombros.    Tem problemas mais sérios e não sabe mesmo como os resolver. E, fica assustado co

OS NOVOS DETECTIVES - PARTE VI

... que esteja a trabalhar como " infiltrado", mas o Torcato rejeita de imediato a ideia, é o primeiro ano como detectives. O Torcato cresceu com um irmão detective, agora Inspector e sabe que há regras e protocolos a seguir.  Claro que há "desvios", ele sabe, mas não pensa nisso. De qualquer forma, resolve seguir o Faria nessa noite.  Há ali qualquer coisa que não lhe está a agradar e receia que o colega o possa prejudicar indirectamente. Por isso, às nove da noite, quando o Faria sai, um pouco irritado, porque o Brites o criticou na forma como organizou o serviço, o Torcato segue-o. Fica surpreendido quando o vê bater na porta de serviço, ouve-o murmurar uma senha e alguém saudá-lo amigavelmente. Jogo? Jogo clandestino, só pode ser, Torcato tem quase a certeza. Toma nota do nome do clube, da rua e no dia seguinte, investiga. Confirma o que pensava, mas não sabe se deve confrontar o Faria ou avisar o Inspector. Afinal, é só uma

OS NOVOS DETECTIVES - PARTE V

" Vamos falar com o Marques Coutinho... este é um dado importante!" decide o Bernardes " O Torcato vai comigo e, Brites... fale também com a Brigada Anti-Fraude... Se são irmãos, não me admira que estejam na mesma área de negócio." " E, eu? " pergunta o Faria, mas o Inspector ignora-o. É o Sargento quem lhe responde trocista: " Vai procurar todos os processos relacionados com a Viela onde a vítima apareceu e seleccionar aqueles em que a morte foi semelhante à desta."  O Faria ignora a ironia, até sorri e só diz: " Para ontem?" e o Brites sorri também e repete " Para ontem!" Quando o gabinete fica vazio, o Faria diz um palavrão e pega no telemóvel. Há duas chamadas perdidas do Brites e uma do Torcato, provavelmente para o avisar. O Faria encolhe os ombros, interessa-lhe mais a outra chamada.  O nº é privado, mas ele sabe bem quem lhe telefonou. É que ele tem um vício perigoso, mas até agora tem tido

OS NOVOS DETECTIVES - PARTE IV

O Faria chega meia hora mais tarde, de casaco no braço e o Bernardes nota que ele tem uma tatuagem. O Inspector apressa-se a interpelá-lo para evitar que haja um confronto entre o detective e o Brites. " Onde esteve? Porque é que não atendeu o telemóvel?" exige saber numa voz baixa, mas cortante. O Faria fica parado no meio da sala, está surpreendido por ser o Inspector a perguntar. " Fiz-lhe uma pergunta e espero uma resposta." repete o Bernardes na mesma voz baixa, mas o Brites sabe que aquele tom pode mudar de um momento para o outro e não será nada agradável. " Estive com o médico legista e há pouca rede." explica o Faria calmamente. Ainda não percebeu que não é forma de agir, pensa o Torcato e o Brites tem vontade de intervir. " Mas cá fora há e não pensou que seria uma boa ideia verificar as chamadas perdidas? " continua o Bernardes. " Eu só fui ao médico legista e vim directo para cá. Não estamos a tr

OS NOVOS DETECTIVES - PARTE III

" Não sei, mas aquele Faria.... não confio nele!" desabafa o Brites ao almoço. Hoje, o prato do dia é frango assado e é isso que ele e o Inspector pedem. " Tenho quase a certeza de que, se não recebesse o relatório dentro do prazo, ele voltava a telefonar ou ia até ao gabinete do médico legista!" diz o Bernardes. " Também eu! Mas foi a forma como me respondeu!" confirma o Sargento. " Sim, reparei que foi um pouco arrogante. Temos que estar atentos a isso, mas eles começaram ontem. Vamos com calma!" aconselha o Inspector. Quando regressam ao gabinete, o Torcato deixou-lhe em cima das respectivas secretárias os processos pendentes e tanto o Bernardes como o Brites ficam satisfeitos com a forma clara como estão organizados. " Bom trabalho, Torcato!" elogia o Sargento e o Torcato sorri, satisfeito. " Fiquei com o processo " Blue Car" aqui comigo..." explica o novo detective " porque re

OS NOVOS DETECTIVES - PARTE II

Mais tarde, o Brites não consegue explicar porque é que antipatizou com o Faria. Seria o seu porte atlético? Vestir totalmente de preto e ter o cabelo cortado à escovinha? Ou ter um olhar insolente? " Não sei!" diz à mulher nessa noite " Não confio nele! Acho que se vai armar em herói e pôr toda a gente em perigo!" " Que disparate!" responde a Carla " O homem só lá está há um dia, como é que podes dizer isso?" Quanto ao Torcato, é muito parecido com o irmão.  Talvez seja um pouco mais baixo, mas tem os mesmos olhos vivos e observadores e parece ser igualmente simpático. Nesta manhã, está a organizar os processos e o Bernardes sussurra ao Brites que o está a fazer de uma forma muito eficaz. " O irmão era um pouco trapalhão. Eficiente, mas desorganizado. Quantas vezes tive que lhe devolver os processos, porque ele não incluiu um relatório." ri-se o Sargento. Quanto ao Faria, está sentado calmamente na secretár

OS NOVOS DETECTIVES

Com a transferência do Marques para o Departamento de Homicídios na Madeira, Bernardes tem que contratar novos detectives. Enviaram-lhe os CV's e o Bernardes está hesitante entre contratar o Detective Lionel Torcato (irmão do agora Inspector Torcato, com quem trabalhou sob as ordens do Inspector Leandro) e Pedro Faria. Brites, que também leu os CV's, sugere: " Deixe vir os dois; esclarece bem que, ao fim de seis meses, um é transferido para outra Brigada e ficamos com o melhor homem." " Treinar dois homens ao mesmo tempo?" estranha o Inspector. " Porque não? Por exemplo, o Torcato fica como elemento de ligação com a família e o Faria trata das comunicações e depois rodam." defende o Brites. " É capaz de resultar!" concede o Bernardes e, brincalhão, diz " Então, isso significa que, no próximo caso, o Brites trata só da papelada." O Sargento ri-se e observa: " Não, o Faria também pode tratar

LEVIANA - FIM

Cristina fica sem palavras e volta a sentar-se à secretária. A D.Guiomar acaba de despejar os caixotes e saí da sala apressadamente. Nas semanas seguintes, a Helena e a Margarida estão tão entusiasmadas com o projecto que nem se apercebem que qualquer coisa está a correr mal com o da Cristina. A D.Guiomar, que teve uma grande discussão com a Cristina, diz-lhe que o cliente rejeitou a primeira maquete e ela teve que a refazer. Contudo, nem com as rectificações que fez, o cliente está satisfeito e a Cristina está exasperada. O Chefe também está irritado, porque o cliente ameaça encarregar outra empresa do assunto. " Ela vai pedir-lhe ajuda!" diz a D.Guiomar " Ouvi-a falar nisso no bar, mas ainda não o fez porque é muito orgulhosa." É a vez da Margarida ficar sem palavras e a primeira reacção é dizer à Cristina para pedir ajuda a outra. Depois caí em si e percebe que está a ser injusta. Não custa nada ouvir o que a Cristina tem a dizer. Mas

LEVIANA - PARTE IV

O Chefe até recebeu um novo pedido e não vê qualquer problema que seja a Margarida a tratar do assunto. " Pode pedir ajuda a uma colega!" e a Margarida decide que a Helena é a pessoa indicada. Esta fica muito satisfeita, sente-se um pouco esquecida, posta à margem e é uma boa oportunidade para demonstrar que pode fazer um bom trabalho. A primeira coisa é, diz a Margarida, marcar uma reunião com o cliente e saber exactamente o que ele pretende. " Podemos ter já alguns esboços e depois, alteramos em função da ideia do cliente!" sugere a Helena, entusiasmada. " Ora, ora, as crianças estão divertidas!" comenta a Cristina e a D. Guiomar, que está a despejar os caixotes, ri-se abertamente. " Parece que quem está com tempo para brincar é a Cristina!" diz calmamente a Margarida. " Eu??? Eu estou bastante ocupada!" responde a Cristina e a D.Guiomar continua a rir. A Helena começa a ficar nervosa, com a boca seca, mas fi

LEVIANA - PARTE III

" Há quem pense que temos que pensar como vamos responder caso a outra pessoa diga isto ou aquilo." continua a Margarida " Não tenho o dom de adivinhar os pensamentos dos outros; há quem reaja de imediato com uma piada... Se responder, respondi, caso contrário, não vou pensar mais no assunto." " Ás vezes, fico a pensar no que deveria ter dito e isso tira-me minutos de vida!" confessa a Helena " Mas há pessoas que vivem para isso!" " Pessoas com vidas vazias." replica a outra e não diz mais nada. A Cristina está sentada na secretária da Margarida, a vasculhar papéis e esta pergunta-lhe: " Procura alguma coisa? " e a Cristina vira a cadeira e enfrenta-a. " A folha excel com os custos previstos? Não está no processo e preciso de a actualizar." " Não está no processo?" admira-se a Margarida " Tem a certeza? Interessante, ontem estive com o processo e tenho quase a certeza de que a

LEVIANA - PARTE II

Há uns dois, três anos, a Helena esteve numa situação parecida à da Margarida, protestou e o Chefe da altura, além de ter sido inconveniente, humilhou-a à frente dos colegas. A Helena considerou sair, mas tinha casado há pouco tempo, precisava do ordenado e com a nomeação de um outro Chefe, pensou que a situação se modificaria. Pelos vistos, não, parece que ainda funciona nos mesmos moldes. Está solidária com a Margarida, mas receia que as pessoas distorçam o sentido dos comentários. Mas daí dizerem que não é de confiança e invejosa... por amor de Deus, será que se vêem ao espelho? Nessa manhã, arrisca fazer um comentário solidário à Margarida. " Porque é que não falas com o Chefe? Pede-lhe que te confie uma nova conta.. Tu és criativa... vais conseguir!" " Não sei... estou muito aborrecida e então agora que a Cristina resolveu mudar todo o esquema de cores... Já o viste?" pergunta a colega. " Não, ela só o mostra aos preferidos!

LEVIANA

" Acabou bem, acabou bem!" repete a Margarida " Acabou para ela, eu é que estou tramada... Para não dizer coisa pior!" A Helena não sabe o que dizer, porque a Margarida tem uma certa razão. A Cristina e a Margarida apresentaram uma proposta conjunta para o design do logótipo de uma empresa cliente e o Chefe achou que a Cristina estava mais qualificada para a desenvolver. Claro que a Margarida não aceitou bem, afinal dedicou bastante horas à concepção da proposta e agora, tem que trabalhar sob as ordens da Cristina. Será que a Cristina se apercebeu de como a Margarida ficou magoada?  A Helena está convencida que não, ontem falou-lhe como se a Margarida fosse muito burra e não entendesse o que queria. Bolas, pensa a Helena, a Margarida também contribuiu para o sucesso da proposta e sabe o que há a fazer para a desenvolver. Isto não vai dar certo, desabafa com o marido, mas este aconselha a não interferir. " Já sabes como é, aind