A CONFISSÃO - PARTE VI


Como o Bernardes previa, o porteiro é um " peão".

Não conhecia bem o barman, foi um amigo comum que o recomendou e admite que sim, após o fecho do clube, havia partidas de poker ilegais.

Ele ganhava uma pequena comissão e não, não sabia como era organizado.

Estava tudo a cargo do barman que, desde a morte das dançarinas, nunca mais o contactou.

A Zita e a Andreia não gostavam do barman e deviam desconfiar de alguma coisa, porque, uma noite, tiveram uma grande discussão com ele.

" E porquê? " pergunta o Sargento.

" Não sei, o Zeca já estava a sair do camarim quando entrei no corredor. Disse que já estava atrasado, que fosse abrir a porta e depois saísse." conta o Matos.

" Quando foi isso?" interrompe o Bernardes 

" Um dia ou dois dias antes delas aparecerem na viela." responde o Matos.

O Brites mostra-lhe as fotografias da Vera e do Prates.

" Este é o Dr Prates, costumava jogar às quintas feiras. A rapariga... acho que a vi com a Zita, não me lembro quando." explica o porteiro " O que é que lhes aconteceu?"

" Estão os dois mortos. Ela apareceu na mesma viela onde encontramos a Zita e a Andreia e ele foi morto em casa há uns dois, três dias." diz o Inspector Bernardes.

" Não sei nada disso. " exclama o Matos, aflito " Só me limitava a abrir a porta!"

" Mas vai ficar por cá... Vamos ter mais perguntas para si!" comenta o Brites que faz sinal ao Henriques.

" Continuamos sem saber o que é que a Zita e a Andreia viram. " murmura o Inspector.

" E qual a ligação da Vera e do Prates às duas!" acrescenta o Sargento, pensativo.

CONTINUA

Comentários

saudade disse…
Fantástica história
Beijo

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