O FIM DE SEMANA - FIM

 

Não estejas admirado, continua a minha mulher, desde que descobriste o diário do Leandro, estás mais nervoso, estás distante. Por isso, o que está a acontecer?

Suspiro, ok, tem tudo a ver com o diário do Leandro, confirmo, mas não te posso dizer mais nada. Para tua protecção e minha também.

A Madalena não diz mais nada, mas sinto que fica preocupada e acabo por passar lá a noite.

Os acontecimentos precipitam-se na semana seguinte, os Chefes decidem agir antes de sexta-feira.

Todos os detalhes são analisados cuidadosamente e há uma reunião final à meia-noite.

O Meireles está presente, é um homem em quem confio, digo aos Chefes que aceitam a minha sugestão.

Vê-se que está nervoso, mas eu também estou.

Finalmente, vamos ter respostas para a morte do Inspector Leandro.

Ás cinco e meia da manhã, estacionamos perto do local, colocamos em posições estratégicas, será? duvida o Meireles, mas não me atrevo a repreende-lo, pois também eu não tenho certezas.

Às seis em ponto, invadimos o local, tal como nos informaram, o nosso suspeito está lá bem como alguns membros do gangue, não o cabecilha, conta o Meireles mais tarde.

Alguém dispara, um dos nossos homens responde e o nosso suspeito tenta fugir.

Vou atrás dele, grito para o Meireles e entro num labirinto de salas.

Onde é que estás? murmuro e encosto-me à parede. Há um tiro, alguém dispara de uma das salas ao fundo do corredor.

Sigo para lá, os tiros repetem-se e eu grito, atira a pistola para o chão, saí com as mãos no ar.

Ouço passos atrás de mim, olho rapidamente, é o Meireles, faço-lhe sinal para estar quieto.

Não nos atrevemos a respirar, esperamos que alguém saia da sala.

Silêncio total, aproximo-me da entrada, o suspeito dispara, a bala embate no meu ombro e caio no chão.

O Meireles grita, dispara para dentro da sala e deve ter acertado no suspeito, pois param de disparar.

Desmaio e só acordo no Hospital, com uma Madalena muito preocupada sentada a meu lado.

Suspira de alívio, estás vivo! constata, por umas horas, pensei o pior.

E o caso? Concluímos? pergunto, mas a minha mulher abana a cabeça, baixa forçada, vais ficar em repouso absoluto, já avisei o Meireles para falar de tudo menos de trabalho, observa.

Sorrio, mas a Madalena esquece-se que há e-mails, que posso aceder à base de dados, que há mil maneiras de saber o que aconteceu.

Nem que tenha que " roubar" o computador da Matilde!


FIM

Comentários

Elvira Carvalho disse…
Podia ser pior, mas parece-me que a Marta deixou o caso em aberto para continuar daqui por uns tempos.
Abraço e saúde

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