A BRIGA - PARTE II

 

Vão a outro bar, é o conselho que dão, mas o Gustavo está tomado de amores pela Júlia e como esta frequenta o tal bar, é para lá que seguem no fim de semana seguinte.

" Que estupidez, pá!" diz o Bernardo " Telefonas à Júlia e dizes que vai ao bar X; se estiver interessada em ti, vai lá ter!" concluí.

O Gustavo abana a cabeça, ela tem um grande grupo de amigos, tem medo que a dissuadam de ir ao bar que ele escolheu.

O Bernardo encolhe os ombros, não gosta muito da Júlia, acha que é só pernas e risos artificiais.

A Júlia faz uma grande festa ao Gustavo, trocam um beijo apaixonado, o que faz com que haja assobios do grupo de amigos.

Estes desafiam o Gustavo para um concurso, ver quem bebe mais shots, mas este declina.

É gozado, bem feito, pensa o Bernardo que se encosta a um canto com uma cerveja na mão e que quer fazer durar a noite toda.

Por sorte, o Jaime, um colega da faculdade aparece e ficam os dois a conversar, o Bernardo a vigiar o Gustavo pelo canto do olho.

O concurso continua animado, há gritos de incentivos e o Jaime comenta:

" Não sei qual é o prazer de ficarem tão bêbedos que no dia seguinte nem conseguem abrir os olhos!"

" Houve um problema no fim de semana passado; não foi nada connosco, mas foi uma situação aborrecida com a polícia a fazer-nos perguntas!" explica o Bernardo.

" Há um bar novo na Via; é mais sossegado, tem bilhares. Vamos até lá?" convida o Jaime.

" Espera aí, não vim sozinho. Tenho que ver se o Gustavo também quer vir!" diz o Bernardo e abre caminho com dificuldade.

O Gustavo declina o convite, vai tu, se queres e continua a conversar com a Júlia.

O Bernardo e o Jaime saem, vão até ao tal bar e passam uma noite sossegada, a jogar bilhar.

Por isso, só no dia seguinte é que o Bernardo sabe o que aconteceu com o Gustavo na noite anterior.

CONTINUA