O DIVÓRCIO
Eu e a Rita decidimos pedir o divórcio, diz o Gonçalo ao irmão ao jantar, encontraram-se num restaurante discreto perto do cais, come-se bem e não é caro, diz ao telefone.
O António olha-o fixamente durante uns segundos, outra vez? repete, vocês andam sempre às turras e depois fazem as pazes e fica tudo maravilhoso.
Não desta vez, declara o Gonçalo, andamos a evitar a verdade, temos que a enfrentar e sermos sinceros. Adoro a Rita, vou adorá-la sempre, é a Mãe da minha filha, mas...
O irmão suspira, e a empresa? os bens, etc? pergunta e o Gonçalo abana a cabeça, vou sair da empresa, vou passar as minhas acções para a Francisca, mas tenho direito a parte do lucro deste ano e é aí que tu entras.
Pois, já estava à espera disso, interrompe o António, não será melhor pedires a um outro gabinete?
Não, não, apressa-se a dizer o Gonçalo, tanto a Rita como eu confiamos em ti e trabalhas com outros contabilistas, um deles pode fazer esse trabalho.
O António volta a suspirar, o irmão tem sempre resposta, e a Francisca? questiona, como é que está a reagir?
A Francisca é uma miúda muito madura, responde o Gonçalo, fez um discurso muito adulto, não está contente claro, mas creio que não vamos ter problemas.
Quando regressa a casa, o António encontra a Teresa sentada no sofá, já sabe da novidade, a Rita apareceu na loja, estava agitada, precisava de desabafar.
Diz que não tem a certeza, explica a Teresa, mas acha que o Gonçalo tem uma outra mulher, alguém que trabalha numa empresa para a qual fizeram um trabalho publicitário.
O Gonçalo não me disse nada sobre isso, confessa o António, conheço o meu irmão, pode não ter sido isso.
CONTINUA
Comentários
Ora, então, vou esperar pelos desenvolvimentos... Gosto!
.
Coisas de uma Vida
.
Beijos, boa noite!
Marta desculpe a ausência, mas à parte o problema dos olhos o Blogger esteve três dias sem me deixar comentar.
Abraço e Viva o 25 de Abril