O FIM DE SEMANA FIM

 

O Bruno está a dormir quando chegamos ao Hospital, a enfermeira diz-nos que está a reagir bem ao tratamento e a Matilde senta-se na cadeira ao lado da cama.

O meu telemóvel vibra, saio da enfermaria para falar com a Madalena, a Marina tem uma ligeira otite, está sem febre, mas o pediatra medicou-a, conta, se houver alguma alteração, aviso. E, o Bruno?

Explico-lhe a situação, a Madalena despede-se e eu volto para a enfermaria.

O Bruno já acordou, quis ir para o colo da Mãe, sorri quando me vê, mas volta a encostar-se à Matilde.

É melhor ires trabalhar, aconselha a Matilde, é escusado estarmos os dois aqui, se houver alguma alteração, eu telefono-te.

Aceno com a cabeça, até tenho trabalho acumulado, tenho mesmo que ajudar o Gustavo e dou um beijo aos dois.

O meu cunhado fica admirado quando me vê, não ias ficar no Hospital? pergunta, mas noto-lhe um certo alívio no olhar.

Temos algum trabalho atrasado, estamos a ponderar contratar mais alguém, mas até agora não encontramos ninguém com o perfil pretendido.

Consigo concentrar-me, revejo um dos projectos, não gosto da opção escolhida pelo Gustavo, vou até ao gabinete dele para a discutir.

A Matilde envia-me um SMS, não há alteração no estado de saúde do Bruno e a Marina continua a não ter febre, o que é bom.

Os mais velhos já estão em casa com a D, Eulália, a senhora quer saber se vamos jantar a casa, mas eu não sei.

Oh, pá, vai ter com a Marilde, diz o Gustavo, está apressado, tem que ir buscar os filhos ao colégio.

Desço com ele, amanhã, revemos novamente a proposta, mas acho que vai resultar, explica e é só quando entro no carro que me lembro que não desmarquei o fim de semana.

Talvez a minha Mãe e a minha irmã queiram ir, há que tempos que a Mãe se queixa que não vai a lado nenhum.

Eu sei que a Matilde não vai quer viajar pelos tempos mais próximos, terei que a convencer, os acidentes com os miúdos vão acontecer connosco presentes ou não.

Mas hoje não quero pensar nisso... estou cansado, preocupado com o meu filho.

FIM



Comentários

Elvira Carvalho disse…
Li hoje os capítulos que ainda não tinha podido Ler e como sempre gostei. Gosto muito destas histórias e admiro a sua capacidade para interligar todas elas. Se resolver publicar em Livro eu vou ser das primeiras a comprar.
Marta, por favor leia a última linha deste capítulo.
Abraço, saúde e bom fim de semana
Muito bem. Os filhos dão sempre preocupações. Também não se podem fazer reféns de casa, né?
Obrigada pelo conto!
.
Tentarei guiar o coração irrequieto
.
Beijo.
Bom fim de semana.

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