SKATE - PARTE III


O médico acaba por dar um sedativo à minha Mãe e cá fora, o meu Pai fala com o polícia de serviço e a assistente social.

O parque fecha às seis horas, o Pai tem medo que o Gonçalo se tenha perdido e esteja a vaguear sozinho pelas estufas.

Entretanto, chegam os Pais do Mateus que conhecem alguém que trabalha na Câmara e será que pode ajudar? pergunta o meu Pai.

O pobre do Mateus recebe um sermão, apesar de não ter culpa e me ter alertado para o facto de termos deixado o Gonçalo sozinho, mas está toda a gente muito nervosa.

Levam-me para cima para o bloco operatório e o Pai do Mateus conseguiu falar com o amigo.

Meia hora depois, este telefona a dizer que encontrou o encarregado do Parque e que estão a caminho para vasculhar as estufas.

O meu Pai e os Pais do Mateus e do Maurício vão lá ter com eles e as Mães ficam com a minha, a dar-lhe apoio.

A família vai chegando, a preocupação não é a minha perna partida, mas sim o Gonçalo.

Têm que o encontrar, não pode passar a noite sozinho naquela parque. E, afinal, quem é esse Jacinto Jardineiro?

Que irresponsabilidade do Simão! Deixar o irmão a brincar ao pé de alguém que ninguém conhece.

Que importa se é conhecido de toda a gente no Parque? Nós não o conhecemos, repete a Mãe do Mateus, que confessa mais tarde, nunca a viu assim tão zangada.

As horas passam, o desespero é crescente, suspiram de alívio quando o médico diz que a operação correu bem, mas voltam de imediato ao cerne da questão.

Onde está o Gonçalo? Deve estar tão assustado, diz a minha Mãe e desata num chora que aflige toda a gente na sala de espera.

" Mãe, oh, Mãe!" exclama a voz fininha do Gonçalo.

CONTINUA



Comentários

Kique disse…
Gostei desta nova historia espero a IV parte
Bjs

Kique

Hoje em Caminhos Percorridos - Mulher tímida
Larissa Santos disse…
Mais um conto fabuloso... :))

Hoje:-Sigo os trilhos de uma linha infindável.

Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira.

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