O ALOJAMENTO LOCAL

 

Acabo por aceitar a proposta do meu mentor, vou passar uns tempos no alojamento local que pertence a uns amigos.

Preciso de descansar, estes últimos meses não foram fáceis, fingir que era corrupto para desmantelar uma rede de tráfico perigoso.

O Departamento vai reorganizar a esquadra, mas eu pedi para ser transferido, teria que lidar com muito rancor, acusações e embora fosse apenas uma pedra que teria que enfrentar, não estou disposto a isso.

Por isso, vou descansar estes dois meses, passar este mês numa vila com um centro de desportos radicais parece-me uma boa ideia.

Quem me mostra a casa apresenta-se como sendo o Miguel, não deve ter mais do que vinte e cinco anos, explica-me que ainda algumas pinturas a terminar e faltam alguns móveis, mas não são essenciais e tenho a certeza de que ficará aqui muito confortável, continua.

Esta é a casa principal, comenta, a da família. Há uma segunda casa que será alugada, mas ainda não concluíram as obras.

Deixa-me o numero de telemóvel dele, de um dos irmãos e do tio que vive na vila, esteja à vontade, diz e despede-se.

Exploro a sala, a cozinha (encheram o frigorifico) e sento-me ao balcão com uma cerveja e uma sande de presunto.

Leio atentamente o folheto que me deixam sobre o centro de desportos e o parque natural.

Acho que vou começar por uma caminhada e depois, vê-se.

Vejo se tenho mensagens no telemóvel  e vou explorar o resto da casa.

Gosto do que vejo, decoração de bom gosto, simples, discreta.

CONTINUA

Comentários

Elvira Carvalho disse…
Ora bem cá temos o nosso Meireles. Vamos a ver o que a Marta reservou para este personagem tão simpático.
Abraço, saúde e bom domingo
Ora mais um conto que vai ser interessante!
O Tal segredo teve frutos. Acho bem que Meireles vá para longe, descansar!
.
Não quero o silêncio nem a solidão...

Beijos. Votos de um excelente fim de semana!

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