SURPRESA - O FIM


Dias depois, o Mário recebe um telefonema de um tipo chamado Francisco.

Uma caça ao tesouro? Canções com pistas? Que tipo de pistas? etc.

 O Mário inventa os detalhes e fica tudo combinado para o fim de semana seguinte.

O Bento fica lívido quando sabe que a festa vai ser na casa de praia dos Pais.

" Tu estás completamente louco. O que é que vou dizer aos meus Pais se desaparecerem coisas? " 

" Relaxa! Não vai acontecer nada, eu vou falar com o tal sargento. E, depois a tua casa era a única com piscina!" explica o Mário.

O Sargento chama-nos irresponsáveis, loucos, mas quando se acalma, até percebe que a ideia é boa.

No sábado, estamos todos presentes, as raparigas acederem em participar depois do Mário ter garantia a segurança delas.

O Sargento e mais uns colegas também estão presentes e para tornar a coisa mais verossímil, até mergulham na piscina.

Em breve, chega a dita banda. Não devem ter mais do que 25, 30 anos e após uma breve conversa com o Mário, o líder grita:

" Vamos à primeira pista? Estão todos preparados? " e todos batemos palmas, a fingir um entusiasmo que não sentimos.

" Um, dois, três... ISTO É UM ASSALTO! QUIETOS! NINGUÉM SE MEXE!!! " mas claro que o Sargento e os colegas se mexem.

É uma grande confusão, as raparigas gritam, mas os assaltantes não têm qualquer hipótese e são levados pela polícia que apareceu cinco minutos depois do Sargento os ter chamado.

Uma hora e tal depois estamos sozinhos, ainda a discutir os pormenores da cena e o Mário diz:

" Mas isto é uma festa ou um velório? "

Todos se riem, o Bento põe a música no máximo e a festa começa verdadeiramente.

Até eu, que não gosto muito de festas, me divirto à grande.


FIM

Comentários

A Nossa Travessa disse…
Minha querida Martamiga

Gostei. Foi um fim bué fixe.

Em Luanda a malta do "Lacrau" (um semanário humorístico) fez um folhetim em que um não lia o que o anterior escrevia... Tremenda confusão ou maka como lá se dizia. Personagens já eram tantas que podiam encher as páginas de uma Lista Telefónica (ainda as havia).

Coube-me a ingrata tarefa de pôr fim ao dito cujo. Verdadeiro trabalho de Hércules. Mas destemidamente avancei: pus a malta todinha num atol do Pacífico onde os EUA experimentavam uma bomba antónia, oops, atómica e acabou-se.

Foi também um fim bonito um pouco violento mas bonito...

Continuo à tua espera lá na Travessa e já alinhas na minha LISTA DE BLOGUES QUE SIGO

Muitos qjs deste teu novo/velho amigo
Henrique, o Leãozão - mas contra o BdC
Larissa Santos disse…
Acabou em festa, que bom :))

Bjos
Votos de um óptimo fim de tarde.
Sofá Amarelo disse…
Um fim se calhar inesperado mas na linha da grande qualidade de narrativa e de diálogos, o que inclui um misturar de emoções, umas mais à flor da pele que outras... em resumo, mais uma história digna de figurar numa colectânea policial... parabéns e que a festa prossiga... :-)

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