AS DIFICULDADES DE BERNARDES - O FIM


Brites está satisfeito quando relata a conversa com o porteiro.

Os escritórios funcionaram ali, mas o armazém ficava na zona baixa da cidade.

Conhecia relativamente bem os funcionários, pessoas discretas e bem-educadas e foi realmente uma pena terem fechado de um dia para o outro.

Numa semana, esvaziaram os escritórios e entregaram as chaves.

" Não sei porquê... " explica Brites " Alguma coisa me dizia que devia ver o espaço e cheirou-me a lixívia. Pode ser um tiro no escuro, mas chamei a equipa forense. Ela pode ter morrido ali."

Lucas não teve tanta sorte. O advogado mudou de cidade e não deixou endereço.

" E o armazém? Onde é? " pergunta Bernardes.

O armazém fica numa zona um pouco isolada, o portão está fechado com um cadeado que forçam.

Cheira a pó, a velho. Acendem lanternas e há caixotes empilhados, mobília, computadores encostados a um canto.

Bernardes faz sinal a Lucas e avança para a parte de trás.

Há uma porta fechada que Lucas força.  

Tapam a boca, o cheiro é nauseabundo e os dois têm a certeza de que encontraram o local dos crimes e quem sabe, o corpo de uma outra vítima.

Chamam a equipa forense para analisar a cena e Soeiro diz que os caixotes estão cheios de material de contrafação.

Brites acha que limparam os discos dos computadores, mas está convencido de é possível recuperar alguma coisa.

Quanto ao Loureiro, está a analisar novamente os relatórios do médico legista relativos aos outros dois casos e a interrogar as testemunhas.

O caso está longe de estar resolvido, mas Bernardes está bastante satisfeito.

Todos estão a colaborar, estão a confiar nele e vão ser uma bela equipa.

Como ele, o Torcato e o Tavares fizerem com o Inspector Leandro.

Mentalmente, agradece a este tudo o que aprendeu.

FIM

Comentários

Larissa Santos disse…
Mais uma episódio desvendado :)) Adorei

Hoje: Nasceste em mim...Renasci.

Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira.
Então não ficou resolvido? Há coisas assim!
Bom final!

Vagueio pelos trilhos do teu interior.
Beijos e uma excelente tarde!
Sofá Amarelo disse…
Quando leio os teus contos, parece-me por vezes que estou lá, também metido na história, quase uma personagem ou pelo menos alguém que está a assistir ao vivo... isso demonstra que consegues dar à sequência da narrativa, dos diálogos e dos cenários uma naturalidade apelativa. Os textos, os contos, as histórias quando se lêem devem ser fluídas tanto na escrita como na leitura. Nem toda a gente consegue fazê-lo mas tu consegues por isso estás de parabéns de novo por mais esta concretização literária. :-)

Mensagens populares deste blogue

ABSURDA

A ENTREVISTA - FIM

O PROBLEMA DO GONÇALO