ALICE


Fugi... E depois?

Talvez tenha sido precipitada, leviana... 

Talvez tenha maltratado os meus pais, os meus irmãos e o Rafael.

E por ter abandonado o bebé... sou uma desnaturada...

O mal de tudo?

Ter dito sim.... hesitei bastante, mas o Rafael insistia em casar e como o Carlos nunca mais se decidia, acabei por aceitar.

Até podíamos ter sido felizes se o Carlos não tivesse voltado da sua viagem espiritual.

Encontrei-o no centro comercial a tomar café na minha boutique favorita.

" Olha quem é!" disse aquele homem barbudo, de jeans desbotadas e T-Shirt branca. " Não te lembras de mim?"

Fiquei parada no meio da boutique, consciente dos olhares dos outros clientes e respondi:

" Não, desculpe, mas não me lembro."

" Oh, Alice, sou o Carlos. Não te lembras mesmo de mim? " repetiu.

Fez-se luz no espírito e sorri.

" Oh, Carlos, mas não estavas no Nepal ou na Tailândia? "

" Na Índia, regressei há uns meses. E tu, o que fazes aqui? " e convidou a sentar-me na mesa dele.

Conversamos durante horas nesse dia. 

Telefonei para a empresa, dei uma desculpa esfarrapada e só me lembrei do Rafael quando olhei para o relógio.

" Oh, meu Deus! Tenho que ir para casa, o Rafael já deve ter chegado!" exclamei.

" O quê? Casaste?" e Carlos prendeu-me a mão.


CONTINUA




Comentários

Está visto... Vai voltar para o Carlos! :)

O livro da nossa estória
Beijos e um excelente fim de tarde!
Larissa Santos disse…
Por vezes casar contra a vontade traz dissabores mais tarde...

Hoje:- Se soubesses, como brilha o sol em mim.

Bjos
Votos de um óptima Noite
Zenith disse…
Ui, esses encontros em saudade e desejo mal resolvido...
Costuma resultar nuns textos bem interessantes!

Beijo

Z
Quase Cinderela disse…
Quero saber mais! :)
Beijinhos

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