O " IDIOTA" - PARTE IV
Entramos nas semi-finais.
A Sílvia actualiza os resultados no site do bar e até configura uma caixa de sugestões.
Estou a ponderar seriamente dar ok à noite de Karoeke e à sessão de poesia.
Recebo também um mail de uma pequena editora que procura um espaço para organizar um workshop de escrita criativa.
" Nunca pensei que um torneio de bilhar tivesse tanto sucesso e fosse o ponto de partida para outras coisas!" confesso aos meus irmãos.
" Terias mais lucro se organizasses este tipo de coisas em vez dessas maluquices de poemas e afins!" aconselha o Zeca.
" Mas eu quero que o meu bar seja diferente!" respondo, mas o Zeca abana a cabeça, descontente e murmura qualquer coisa que eu não entendo.
Não penso mais no assunto até ao dia em que na semi-final dos Médios o avô declara um empate.
O espanto é geral; há quem se manifeste a favor e quem fique verdadeiramente exaltado.
" Disseste que era dinheiro garantido!" diz um rapaz sardento ao Zeca que está com um ar muito comprometido.
Mas o que é isto? Aproximo-me rapidamente dos dois e pergunto:
" O que se passa? " mas já sei que o meu irmão andou a fazer das deles e deve ter organizado apostas.
Ofereço uma cerveja ao rapaz e, pedindo desculpa, vou com o meu irmão até à cozinha.
" Ouve lá, o que é que fizeste? Apostas no meu bar? "
" Quis apimentar as coisas!" explica o meu irmão.
" Por amor de Deus, pá! Este é o sonho da minha vida; não o destruas com coisas idiotas!" peço.
CONTINUA
Comentários
Bjos
Votos de uma óptima Segunda-Feira
Marta, aqui está, sem dúvida, uma bela ideia escrita. Aguardo a continuação para ver se as financas não metem o bedelho. Ou a ASAE...
BJ.