O DESAPARECIMENTO - PARTE III
Através do Facebook, soube que o meu namorado tentou reconstruir os meus passos, encontrou o motorista de táxi, mas este apenas confirmou o que já tinha dito.
Um ano ou dois anos depois, o meu namorado desistiu de me procurar, conheceu outra pessoa e casou-se.
A minha irmã não queria desistir, talvez porque a minha Mãe nunca perdeu a esperança, mas um dia, cansou-se.
Estava esgotada, física e emocionalmente.
E eu? Nunca me arrependi até hoje quando li no jornal português que assino que a minha Mãe tinha morrido.
Ligo o PC, procuro a página do Face da minha irmã e lá estão várias mensagens de condolências e um breve post de agradecimento.
Fico parada no meio da sala e olho para a praia, sem a ver realmente.
O que é que eu fiz?
Anos " desaparecida", sem dar notícias e a minha Mãe morreu, sem saber se estou viva ou morta.
A culpa desce na minha cabeça e desato num choro intenso.
Ligo o PC, procuro a página do Face da minha irmã e lá estão várias mensagens de condolências e um breve post de agradecimento.
Fico parada no meio da sala e olho para a praia, sem a ver realmente.
O que é que eu fiz?
Anos " desaparecida", sem dar notícias e a minha Mãe morreu, sem saber se estou viva ou morta.
A culpa desce na minha cabeça e desato num choro intenso.
CONTINUA
Comentários
De tal modo que me "associei" imediatamente a essa dor que, mais que dor de perda é um misto de remorso e desespero pela impossibilidade de reparação...
Magnífico o modo como, mesmo sem querer, nos cai o mundo em cima como se a personagem fôssemos nós!
Muito, muito bom!!!!!