A CONFUSÃO . PARTE III
Fui petiscar qualquer coisa com o Leonardo antes de apanhar o Metro.
Quando cheguei a casa, adormeci de imediato e acordei por volta das três da tarde, porque o elevador avariou e o sinal de alarme disparou.
Fiquei mais uns minutos na cama, a pensar na vida. A pensar se devia ou não continuar a trabalhar à noite.
Mas a noite é fascinante e não me adaptaria ao ritmo do dia. Talvez pudesse abrir o meu próprio bar ou uma empresa de segurança.
Tinha que pensar nisso a sério, mas entretanto, o Leonardo telefonou-me e desafiou-me para uma corrida.
Quando regressei, já passava das sete e tive que me apressar, pois ia jantar com a minha Mãe.
Não notei nada de anormal no bar ao picar o ponto às dez. Não estava cheio, ainda era cedo e por isso, resolvi ir até à cozinha.
O Leonardo fez-me sinal de imediato e saímos para o corredor.
" O que foi? " perguntei.
" Sabes, aquele individuo? Aquele que o Paulo foi levar a casa? " e continuou, quando acenei que sim " Apareceu morto na Avenida X!"
" Morto? Na Avenida X? " repeti, surpreendido porque a dita Avenida era perto do bar.
"Como? Uma hemorragia interna? Bem disse ao Paulo que o devia levar ao Hospital, mas ele não quis." comentei, enquanto o Leonardo acendia mais um cigarro.
" Andam à procura do Paulo. Ao que parece, o tal indivíduo tinha um cartão do bar no bolso." explicou o barman.
" Andam? Como é que sabes tudo isso? " observei e o Leonardo fez uma careta.
" Conheces a Arlette? Aquela loira que trabalha na loja da Aurora? Assistiu a tudo e contou-me."
Como a Arlette era uma exagerada e tinha uma relação de amor/ódio com o Leonardo... fiquei, como se costuma dizer, de pé atrás.
CONTINUA
Comentários
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{ Suporta o coração a ilusão, o ódio, o desamor }
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Deixo cumprimentos e os votos de uma Quarta-Feira muito feliz.
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