VERA


" Respira fundo, Vera, não mostres medo!" pensar é fácil, agir é mais complicado e a Vera sente-se muito sozinha.

Culpa sua, talvez, mas rejeita de imediato o pensamento. 

A médica não quer que pense nisso, tem apenas que compreender que não faz parte da vida daquelas pessoas, que nunca foram suas amigas.

Toleram-na apenas, é alguém que trabalha com eles e não existe fora do escritório.

Mas o pior, acha a Vera, é a divisão entre as pessoas, trabalham na mesma empresa, mas a médica diz que está a ter uma visão muito romântica da vida.

Será?  Encontre os seus próprios amigos, invista nas coisas de que gosta, seja quem é e não uma sombra, aconselha a médica.

Mesmo que os outros não gostem? E a médica apenas sorri, porque a realidade é essa.

Encontramos pessoas com quem estabelecemos laços para toda a vida e outras que não suportamos.

E, com isto em mente, a Vera abre a porta e entra.

Há sorrisos, oh, pá, estás melhor, mas esquecem-na pouco depois e a Vera fica a olhar para a secretária vazia.

Aquele primeiro dia é complicado, a secretária permanece vazia e ninguém lhe fala.

Vera sente-se frustrada. Ok, esteve ausente dois meses, mas esteve bastante doente e ninguém pensou que recuperasse.

Assim é que não recupero, murmura quando sai e nem responde quando, em casa lhe perguntam como correu o dia.


CONTINUA



Comentários

Bom dia!
Mais um belo começo. Porém, se estivesse a preto facilitava a leitura! :)

Beijos. Bom Domingo.
Larissa Santos disse…
Mais um episódio que gostei :))

Hoje -:-Sentimentos entrelaçados.

Bjos
Votos de um óptimo Domingo

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