SOAP OPERA - PARTE II
O cartão é para ele. É um numero de telemóvel e o Jaime sorri satisfeito.
Quem não está satisfeito é o Leonardo; conhece bem o Jaime e se aquela mulher lhe despertou o interesse, vai ser complicado saber quais são os planos futuros.
O casamento do Jaime com a Carolina terminou, porque ele envolveu-se com uma stripper ao fazer pesquisa para um livro.
Desapareceu durante seis meses quando ela casou com o Ricardo, não disse onde esteve, mas regressou com um livro interessante de contos.
Por isso, o editor suspira e espera que este devaneio não o faça viajar para o Kuweit, Brasil ou Gronelândia durante seis meses.
A Carolina pediria a custódia total dos miúdos e, por muitos defeitos que o Jaime tenha, adora o Manuel e a Madalena.
Nessa tarde, o Jaime telefona para a mulher desconhecida.
Ela atende ao primeiro toque e a conversa é tão sensual que o Jaime convida-a para jantar.
Escolhem um restaurante da moda e a Júlia, como se apresenta, é faladora.
Tão faladora que o Jaime não consegue dizer uma palavra.
Apenas a observa, não deve ter mais que 45 anos, cuida de si e veste-se com elegância, mas torna-se cansativa.
Tudo roda à volta dela, é a melhor em tudo e tanto quanto o Jaime consegue perceber, é que encontrou umas cartas antigas no sótão da casa dos avós.
" Acho que um escritor como o Jaime lhes pode dar o brilho que elas necessitam. Era uma homenagem aos meus avós, amor como o deles nunca vi." explica a Judite.
" Terei que as ler primeiro e só depois...."
" Compreendo, tem que se inspirar." interrompe a Judite e abre a carteira.
Tira um maço de cartas, atadas com uma fita vermelha e o Jaime sorri polidamente.
" Leve-as, leia-as e depois diga-me qualquer coisa." pede a Judite e, desculpando-se com um outro compromisso, levanta-se.
Aperta-lhe a mão formalmente, sorri para o empregado e saí da sala.
O Jaime fica sozinho, com as cartas e a sobremesa intacta.
Nessa tarde, o Jaime telefona para a mulher desconhecida.
Ela atende ao primeiro toque e a conversa é tão sensual que o Jaime convida-a para jantar.
Escolhem um restaurante da moda e a Júlia, como se apresenta, é faladora.
Tão faladora que o Jaime não consegue dizer uma palavra.
Apenas a observa, não deve ter mais que 45 anos, cuida de si e veste-se com elegância, mas torna-se cansativa.
Tudo roda à volta dela, é a melhor em tudo e tanto quanto o Jaime consegue perceber, é que encontrou umas cartas antigas no sótão da casa dos avós.
" Acho que um escritor como o Jaime lhes pode dar o brilho que elas necessitam. Era uma homenagem aos meus avós, amor como o deles nunca vi." explica a Judite.
" Terei que as ler primeiro e só depois...."
" Compreendo, tem que se inspirar." interrompe a Judite e abre a carteira.
Tira um maço de cartas, atadas com uma fita vermelha e o Jaime sorri polidamente.
" Leve-as, leia-as e depois diga-me qualquer coisa." pede a Judite e, desculpando-se com um outro compromisso, levanta-se.
Aperta-lhe a mão formalmente, sorri para o empregado e saí da sala.
O Jaime fica sozinho, com as cartas e a sobremesa intacta.
CONTINUA
Comentários
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As nossas mãos zelam os compromissos
Beijo e um excelente fim de semana!
Hoje : O teu respirar ainda preenche o meu peito
Bjos
Votos de uma óptima noite
Bom fim-de-semana