OS CADERNOS - FIM
" Posso ver essa nota? " pede o Vasques, folheando os cadernos " Leu? Sabe os que significam estas iniciais?"
" Não, queimei a nota como a Amélia pediu." responde Rosário " Estou a entregar-lhe os cadernos porque mencionou o Bairro da Leopoldina na sua coluna."
" Mas porquê? Porque é que o Bairro da Leopoldina foi a senha para me entregar os cadernos? O que esconde o Bairro? " repete Vasques, mas Rosário abana a cabeça e levanta-se.
" Fiz o que a Amélia me pediu para fazer. Agora, vou-me embora; não há mais nada a dizer. Apenas lhe peça: não mencione o meu nome nem este encontro." e, depois de lhe apertar a mão, saí.
Vasques está aturdido, não sabe o que pensar.
Como o Brites quando lhe confirmam que sim, que a Amélia trabalhou numa das empresas do grupo.
Não ficaram surpreendido por não se ter apresentado ao serviço? Ah, não, receberam uma carta a pedir a demissão que lhe mostraram.
Brites acha que esta história é perfeita demais e que alguém os está a manipular.
Vasques tem a certeza absoluta de que Rosário sabe exactamente o que a Amélia descobriu, quem o matou e este encontro foi para controlarem a investigação.
Não, a Amélia merece mais. Ele e Brites têm que conversar; talvez cheguem a uma conclusão.
Primeiro que tudo, têm que descobrir o que esconde o Bairro da Leopoldina.
E, sabendo isso, tudo ficará claro.
Será que vão conseguir?
FIM
Comentários
Neste conto quase que te excedeste na escrita, na história e no desenvolvimento da mesma. Da evolução e do encadeamento das personagens, até porque jornalismo e investigação policial funciona sempre na perfeição... parabéns :-)