UM GAJO PORREIRO

Cá estamos, Pai Natal nas preparações para a Noite de Consoada.

Quando era pequena e o Natal era cá em casa, lembro-me que o meu Pai me
levava a almoçar fora – num restaurante que se chamava “Os Três Irmãos” e que
agora desapareceu – e depois íamos ao circo.
Passávamos uma tarde divertida, com direito ao lanche num café, que outras
pessoas na mesma situação enchiam, longe do bulício que este dia significa.
Depois era o regresso a casa e a contagem decrescente até à vinda do Menino
Jesus – a mim sempre me disseram que era o Menino Jesus que trazia os
presentes – e explodia a alegria.
Aqui está outra coisa que vou gostar de me lembrar – os almoços com o meu Pai
no dia da Consoada e as idas ao circo, cuja mensagem se perdeu no tempo,
porque encontro as minhas alegrias e risos noutros locais.
Lembrei-me disto, talvez porque gostaria de recuperar o espírito desse dia;
tornaria o dia diferente, mais fácil, dava-lhe outra alegria – eu que sempre disse
que o meu Pai era “um gajo porreiro”.
E continua a ser; só que a idade avançada dele (83 anos) o fizeram recuar para
um outro mundo, onde não o posso seguir; mas, como já disse antes, estou
presente.
Distante, mas presente!

Comentários

Manuela Neves disse…
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Vou estar no ar até às 11h30 desde as 21h00 para quem está só.

BOAS FESTAS!
Feliz Ano Novo.

Até já.

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