À CHUVA
Eis que chegas, por fim, chuva malvada!
Chicoteias-me e ris-te do meu cabelo em rebuliço, da minha roupa molhada!
Oh, chuva malcriada que escureces a minha cidade, com este nevoeiro espesso, roubas-lhe a alegria, porque não deixas o sol brilhar!
Insolente, a brincar com os meus sorrisos, a transformar o esperançoso em desesperado!
Oh, chuva, se queres brincar, aqui estou - a oferecer-te o meu rosto para que o transformes numa pintura abstracta, o meu corpo numa escultura pós-moderna.... mas tu sabes, não sabes, chuva que apesar dos altos e baixos, tenho prazer em viver e em estar contigo!
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Um beijo