O NOVO CASO - PARTE III


Coincidência ou não, Leitão encontra o dito casal num dos trilhos favoritos.

Quase colidem e na confusão dos " desculpe, sou um desastrado ", Leitão observa-os atentamente.

Não, ele não é definitivamente o Gonçalo Mateus Abreu. Nem mesmo ela, apesar de só a ter conhecido por fotografia.

Esta tem um aspecto mais simples; a outra era mais sofisticada, mais exuberante.

As pessoas mudam, pensa, mas não. O nome pode ser Mateus Abreu, mas não são os daquele caso antigo que o Lopes desenterrou do arquivo.

Antes de voltar para casa, resolve ir até ao café e lá estão eles a beber café.

A mesa ao lado está desocupada e Leitão instala-se com o jornal.

A conversa é banal; falam das fotos, das mensagens do Face. Não se tratam pelo nome, o que desperta a curiosidade do ex-inspector.

Ela sorri-lhe quando se vão embora e por sorte, deixam os copos de plástico em cima da mesa.

Leitão aproveita o facto de estar sozinho para os recolher com todo o cuidado e quando chega a casa, coloca-os dentro de um saco de plástico limpo que fecha com fita-cola.

Embala-os e envia-os para o Inspector Lopes, pedindo-lhe para o contactar logo que tenha os resultados.

O ex-sargento manda-lhe um mail, eufórico com a descoberta.

" Caro Inspector,

Não são o casal Mateus Abreu que pensávamos. 

Mas estão envolvidos em actos criminosos e são conhecidos pelo nome de Mirita's.

Ela insinua-se a cavalheiros com um certo estatuto na vida, solitários e depois de obter a confiança deles, faz cópia das chaves que dá ao marido que os rouba enquanto ela os entretém num almoço ou outra coisa.

Estamos a preparar uma operação para os prender, mas, mesmo assim, gostaríamos de saber o que aconteceu aos verdadeiros Mateus Abreu."

Sim, também eu, confessa Leitão, desgostoso.

CONTINUA 

Comentários

estória interessante!

O calor do teu silêncio...
Beijos um excelente fim de semana.
Larissa Santos disse…
Isto é que vai uma confusão :))


Hoje » Amplexos de amor

Bjos
Votos de uma óptima Sexta-Feira

A Nossa Travessa disse…
Minha querida Martamiga

Poizé um policial sem confusões não é policial nem é nada e neste aliás como todos os que costumas parir há tudo e o pobre Leitão que nunca mais passa à desgraçada reforma que se desenrasque. Isto vai bem, olá se vai... Continuo a seguir e a comentar sempre que posso.

Muitos qjs deste teu amigo e admirador
Henrique, o Leãozão



INFORMAÇÃO
Já está publicado na Nossa Travessa um novo episódio da saga sobre a síndrome de Down, que motivou que desse este esclarecimento:
De há uns largos tempos a esta parte vinha pensando que o título genérico desta saga estava errado e além disso não correspondia à verdade do texto e até era estúpido. Mas a preguiça tem uma regra essencial: não mexer uma palha e como se diz agora não sair da “zona de conforto”, ou seja do “ninho” que é onde se está bem, pelo menos eu. Mas o Frederico não merecia que escrevesse que era difícil
viver com ele porque na realidade era bem o contrário. Daí que fiz das fraquezas forças e aqui vai o novo genérico renegando o anterior. Espero que gostem.
VIVER COM UM IRMÃO PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN – 13
Este episódio que tem o título Căsători să fie fericit que em romeno significa Casar e ser feliz aborda o matrimónio do Frederico com a Elena Petronescu uma moça de Bucareste que veio para Portugal ainda era bebé e que também é portadora da síndrome de Down. Mas também regista os problemas pós casamento da Maria Rita e do Armando.








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