"MAGIE NOIRE" - PARTE III


Nunca o saberei, pois fui cobarde e fugi.

Felizmente, o bar estava cheio e o segurança estava a tentar impedir a entrada de uns idiotas, já muito bebidos.

Ninguém me viu, a não ser aquele sem abrigo que dorme na viela.  E sei que não vai dizer nada; só quer que o deixem em paz.

Não respeitei os limites da velocidade e não sei como consegui chegar a casa, ilesa e sem encontrar um polícia.

Fui buscar uma mala e atirei para lá roupa.  Voltei a sair, mas achei melhor deixar o carro na garagem.

Apanhei um táxi e segui para a estação de comboios.  Fiquei parada no átrio, sem saber muito bem o que fazer.

Ir para onde?  Olhei para o quadro e não consegui decifrar nada. Alguém deu-me um empurrão e perguntou, mal humorado:

" Então? Vai ficar aí parada a noite inteira? " e então, respirei fundo e fui até à bilheteira.

Comprei o bilhete para Madrid.


CONTINUA

Comentários

Daniel Costa disse…
Marta
Como no conta, por vezes, na vida real sucede isso; estarmos como que petrificados, parecemos estar à espera que um abanão nos faça reagir.
Beijos

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