TUAS


Gostava de escrever sobre magia.

Gostava de ser mágica e desaparecer.

Evaporar-me no ar,

transportar-me até às estrelas.



Teria, no entanto, saudades tuas.

De falar excitadamente e tu,

sufocares-me com beijos.



De te surpreender quando te beijo,

sorrateira,

na curva dos teus joelhos,

na dobra do teu cotovelo.







Não sei porque se diz "triste como a noite".

É quando sorrio mais.

Quando te olho de uma certa maneira, e

sinto a tua cumplicidade.

Depois, pego-te na mão e deito-te na minha cama.

Foto de Georg Suturin
Textos protegidos pelo IGAC - Cópias proibidas.
Texto já colocado no WORLD ART FRIENDS

Comentários

CHOVEM ALFINETES EM ESPARSA MELODIA


Chovem alfinetes
Em esparsa melodia.
Retorno à dor,
Por mais um e outro dia.


Sopram brisas cinzentas,
Alastra negro nevoeiro.
Queria por um momento só,
Ser sonho, sonho por inteiro.


Desmonto-me em peças,
Incompletas, imperfeitas.
Abundam em meu peito arestas,
Abrasam ilusões desfeitas.

Destruam meus abismos,
Afastem-me de mim,
É cruel, é cruel esta dor,
Assim não sei, não sei viver assim.



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Poema publicado no meu livro "Na Utopia sou Profeta", de Filipe Campos Melo, editado na colecção "Egoiste", pela Corpos Editora.

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Muitos parabéns ao blog.

Um beijo à Marta

Giraldoff
saudades do teu blog.
Belo post.
Tenha um feliz final de semana.
Maurizio
Marta Vinhais disse…
Talha Marinha

Pequena rosa
Do coração partido,
Que busca o seu jardim
Para se plantar no amor.

Orla de planície Dior
Sem deixar se ser assim
No seu paraíso tido
De demais nebulosa.....

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Um presente da Sandercat da WORLD ART FRIENDS para celebrar o 5º aniversário do blog.

Cat, obrigada do fundo do coração.

Beijos e abraços
Marta
RENATA CORDEIRO disse…
"Todo amante sabe que o momento de prazer vem quando o êxtase terminou há muito e ele tem diante de si a flor que desabrochou com o seu toque". Johnny Depp no filme "Don Juan de Marco".
Parabéns pela postagem, Marta! Estava devendo-lhe esta visita. Ontem, foi impossível. Graças aos céus, dormi 8 horas seguidas esta noite, e dormi depois do almoço. Voltei agora. Publiquei em nosso Blog um poema singelo, porém muito bonito, vc vai gostar. Gostei muito da sua escolha também.
Virei aqui sempre, eu lhe prometi. Posso tardar, mas não falto.
Meus parabéns pelos 5! anos!
Beijos e beijos,
Renata
Graça disse…
Marta,

Parabéns pelo aniversário do teu blogue. Senti o respirar da festa. Vou voltar.


Beijo meu.
. intemporal . disse…
. a iniciativa como fio de prumo .

. sedutor . en.cantador .

. sempre . aqui .

. parabéns . . beijos mil .
Nilson Barcelli disse…
Gostei do teu poema. Intimista e belo. Parabéns.

Para ajudar à tua festa, deixo-te o primeiro poema que escrevi na vida (em Abril de 2005...).

Caminho
Ausente de terrenos interditos.
Percorro trilhos arredados
De recatos burilados
Do meu mutismo
A cada verbo
Que empurra a distância
Para longe
A deixar de ver
O que de mim
Persiste aceso ou destruído.
Palmilho o desvendar
Devorado do disfarce
Em que teria amanhecido
Todos os começos,
Pensando-me já construído.


Que, em mim, se mantém actual...

Querida amiga, uma excelente semana de festa...
Beijos.
Luciana disse…
Olá sou amiga da Renata e vim conhecer teu Blog gostei muito parabéns.
Bjs
a gente tem essas manias de gostar de coisas sem saber bem porque... gosto disso...
Este comentário foi removido pelo autor.
Peter disse…
Vamos então iniciar a comemoração dos 5 anos do blogue da Marta que venho acompanhando desde os tempos dos fóruns do SAPO:

O silêncio da palavra

"A mão silenciosa percorre o dorso cálido
que é um adormecer contínuo nos limites.
Nada mais que terra e solidão solar.
Nada treme e tudo está suspenso no vazio.
Nada se diz. É o silêncio da palavra"

(ARRosa)
Unknown disse…
Mais um belo texto... é isto que mais gostas de fazer e tu sabes e mto bem como desenvolver textos que nos dão que pensar...
Adorei... bela imagem bem escolhida.
Bjs grandes
Nuno
avlisjota disse…
Bom dia Marta.
É bom ter a noite por cumplicidade, eu gosto da noite...
por vezes também gostava de rumar plo enigmático som das estrelas...

beijos

José
Marta Vinhais disse…
Sei quem sou…

tantas vezes não sabendo…
se rio, paragem, se brisa,
incompletude de momentos
na orla abstracta da vida

Da lua, voo em trilhos, ramais,
sob utópico brilho de cores
e danço reticências de ais
isolando profundos clamores

Assim a Natureza me criou
na tecedura leve das palavras
que me dizem: Vai! E não vou…
se o longe-perto aqui me clama

Se canto, se letras desfio,
nas águas do espaço correm doces
abraços e beijos, que envio
aos ternos amigos, meus amores

Poema enviado pela Amita para celebrar o 5º aniversário do blog

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