HISTÓRIAS DE CHUVA E PREGUIÇA


Estou preguiçosa; nem vontade tenho de sair para tomar um pingo!
Está a chover torrencialmente e o barulho da chuva a bater no telhado é ensurdecedor e deprimente.
Não me consigo concentrar – eu que escrevi tanto sobre a chuva!
e neste momento, estou aqui, com os cotovelos pousados na mesa, a olhar para o écran do computador, sem conseguir ordenar as ideias, como faço habitualmente antes de escrever qualquer um dos meus textos.
O telemóvel continua a receber mensagens e em breve vai bloquear, porque eu nem as abro nem as apago.
Sei que não são da minha irmã, pois já teria telefonado, preocupada, perguntas rápidas e curtas “o
que aconteceu? Porque não me respondes?”
És tu que me procuras, mas eu não te quero encontrar!
Não quero saber nada sobre ti!
Se estás bem ou mal, se vais para fora este fim-de-semana – não quero saber!
Se estás arrependido e me queres compensar de alguma maneira – não quero saber, porque sei que não é verdade.
Nunca admitiste que erraste; porquê agora?
Já reparaste que discutimos sempre por causa disso?
Seres incapaz de admitires que erraste e de pedires desculpa?
Ah, porque é que eu ainda perco o meu tempo contigo?
Nem sequer estou mais apaixonada por ti!
Ou será que sim e não o quero admitir? Estamos tão distante um do outro!
Acho que vou escrever sobre a chuva – é fria, mas pelo menos é “transparente”!
Não se arma em “estrela de cinema” ou “salvador da pátria”, sem o ser!
A chuva é o que é!
Água!
Oxigénio!
Nuvens escuras!
Colisão de altitudes!

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