FELIZ HOJE

Foi à frente do Majestic, em plena Rua Santa Catarina que a animação das ruas celebrou a chegada da Primavera!
Apesar da aragem fria, ao sol estava-se bem e a atitude dos portuenses mudou – estão mais descontraídos e lia-se prazer nos rostos ao observarem atentamente os pauliteiros de Miranda, e ao ouvirem os sons graves que a gaita-de-foles produz.
Os pauliteiros de Miranda, rapazes muito jovens, exibiram-se galantemente, com ares de conquistadores arrancando exclamações divertidas e sorrisos abertos a todos quantos assistiam, inclusive o meu!
Falo muito em sorrisos abertos, não falo?

É porque eu não sabia sorrir; não sabia como o sorriso faz bem à alma e aos outros – aproxima-nos!
Eu, que julguei ter encontrado o amor da minha vida, tive que
reconquistar o meu espaço e moldá-lo novamente, porque chorei
sem saber porquê.
A verdadeira angústia era essa – onde é que tinha errado?
Hoje, a minha Torre tem janelas, janelas grandes que estão sempre abertas para que o sol e da lua sejam os convidados de honra!
As minhas janelas abrem para um jardim, o meu jardim secreto, onde os livros continuam espalhados, sempre ao alcance da minha mão, porque não concebo a minha vida sem eles!
Mas há outras pessoas, pessoas saudáveis, há risos, brincadeiras, música e uma grande alegria
!
Terá sido tudo realmente uma ilusão ou a minha salvação?
Não sei; apenas posso repetir – sou muito, muito mais feliz hoje!

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