Não dormi embalada pelo som da chuva a bater na janela – essa chuva que demora a aparecer, como se tivesse assinado um pacto e nos quisesse fazer sofrer ! Não, dormi a pensar em ti e pensar em ti é perigoso. Significa que estou vulnerável e posso sofrer um “ataque” a qualquer momento – um “ataque” que me deixará novamente de rastos e terei que refazer tudo. Sinto-me só e tu “animavas”, “sacudias” a realidade “verdadeira”, da qual, tu dizes, eu teimo em me esconder. Gosto de ser seduzida....à moda antiga! Dos preliminares para uma noite de paixão! Ser convidada para um jantar a dois, num restaurante discreto, com toalhas na mesa, com luzes baixas para dar mais ênfase às velas aromáticas acesas. Sobretudo, falar-me de olhos nos olhos, baixinho, a acariciar-me, a fazer sentir-me importante! Tu nunca me fizeste sentir importante – nunca me convidaste para jantar e a sensação que tive foi que vivemos momentos roubados. Roubados a quê ou a quem? Ao teu tempo, às tuas outras conquistas, ao te
Comentários
Este, não sei porquê, tocou-me fundo.
Maravilhoso!
Beijo :)
Se eu pudesse...»
A condição que nos é imposta limita a nossa forma de caminhar na vida.
E explica porque os nossos sonhos não passam de sonhos e porque as noites sem lua são tão assustadoras.
Reconheça-se que, mesmo na tristeza, há beleza.
Magnífico poema, querida amiga. Gostei muito.
Beijos.
Bjs
um dia talvez o se, não faça sentido.
um poema bem ao teu estilo.
beij
Na profundidade do poema, uma coisa está muito certa, ainda se lhe dê sentido diferente: "E, as noites sem lua / tão assustadoras."
Beijos