DANÇARINA EXÓTICA - PARTE IV
Dão-me um sedativo, acalmo.
Disse a verdade ao detective Fontes, não sei quem era a Anabela.
Um corpo admirável, uma dançarina perfeita, mas também muito arrogante e invejosa.
Vigiava as nossas roupas, as nossas danças e até os clientes que pediam uma dança privada.
Dizia-se que era amante de alguém poderoso, mas apenas se suspeitava que estava ligada a tráfego de droga, pois a Anabela tinha um carro topo de gama e a roupa era de marca.
Ganha-se bem como dançarina exótica, mas não a esse ponto.
Havia uma certa rivalidade entre nós, o detective tinha razão.
Eu também era muito solicitada para danças privadas.
Mas eu seleccionava os meus clientes, a Anabela não. Impunha uma tarifa e dançava para todos que a pagassem.
Teria sido um deles que a matou? Por ciúmes? Para atingir o dito amante dela? Ou simplesmente por estar no sítio errado à hora errada?
O detective volta no dia seguinte e pergunta:
" Então, fazia ou não danças privadas? Porque se mostrou relutante naquela noite? Porque entrou naquele gabinete quando lhe disseram que era no gabinete 3?"
" Sim, fazia danças privadas, mas para clientes especiais. Não sabia para quem ia dançar naquela noite e isso fez com que me enganasse no numero do gabinete!" confesso.
" Tinha medo? Porquê? Segundo diz o gerente, aquele é um clube exclusivo." insiste o Fontes.
" Sou designer freelancer. Nem sempre tenho trabalho e é por isso que danço naquele clube. Não quer dizer que seja uma..." respondo, indignada.
Fontes sorri.
CONTINUA
Comentários
Bjos
Votos de um bom dia.
Temos um novo conto e gostaríamos que nos ajudassem na escolha do título. Convidamos-vos a ler e a votar.
https://contospartilhados.blogspot.com/2018/06/novo-conto-ainda-sem-titulo.html
Uma boa semana para todos.
Saudações literárias!