A VILA - PARTE VI
Na loja/galeria confirmaram que sim, vendiam à consignação os bonequinhos da Teresa.
Infelizmente, não podiam dar o contacto dela, porque, há cerca de uma semana, dez dias, a Teresa tinha retirado os bonequinhos da galeria e cancelado o contrato.
Ferida com a hesitação do Gonçalo, a Teresa ponderou os prós e contras da situação e resolveu alugar um pequeno estúdio numa outra zona da cidade.
Perto do estúdio, havia uma loja de artesanato que se mostrou interessada na colecção que apresentou e a Teresa não hesitou.
Arregaçou as mangas e começou a preparar uma nova colecção.
Sabia que tinha que resolver a situação com o José, mas estava relutante em voltar à vila.
O José continuava desanimado e, se não fosse o Padre António a dizer-lhe que estava a ser egoísta e não podia pensar só nele, a mercearia continuaria fechada.
Por isso, o José lá abria a loja, controlava as vendas, as entregas do fornecedores, mas pouco mais fazia. Até ao café deixou de ir; ficava em casa a olhar para o espaço.
O Joaquim regressou das mini-férias e não entendeu nenhuma das " bocas " que a Tia Madalena lhe dirigiu.
Queixou-se ao Filipe Paixão, mas este riu-se e disse-lhe para esquecer.
E, ele esqueceu até à noite que a Teresa resolveu visitar o marido.
CONTINUA
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