BORBULHAS DE AMOR
Hoje, acordei a cantarolar o refrão da canção “Borbujas de Amor”.
Lembras-te?
“Hacer silhuetas de amor
Bajo la luna ”
Como gostávamos de desenhar na areia molhada, onde as ondas quebram os limites entre o mar e a terra, silhuetas de amor!
Lembras-te do toque dos meus dedos a contornar o teu rosto?
Pois eu guardo aqui, no lugar onde me tocaste com o teu apetite de mim, o som do nosso prazer, o eco dos nossos murmúrios, a ternura das nossas palavras!
E lembras-te da lua?
Lembras-te como pintou o meu corpo quando se rendeu ao teu, quando me incendiaste a alma?
Quando nos fundimos numa paixão que inventámos sem reservas ou pudor, protegidos pelas dunas do vento?
Como guardamos, sôfregos a luminescência que desenhou nos nossos corpos suados a verdade do nosso desejo?
Aquele lugar que se tornou secreto, que nem a maré penetra….
E como eu me perco, em cada luar, na ilusão de te voltar a ter um dia novamente…
Como procuro em cada novo luar um sinal teu que não chega……….
Porque partiste simplesmente, sem um aviso, sem uma palavra………….
Entendes agora porque fujo da lua?
Comentários
Um bjinho, Marta, e uma flor
Gostei muito do teu texto!
Não fujas de nada, enfrenta a lua para que ela seja de novo tua e não das tuas memórias tristes! Dói (eu sei, fiz este exercício no fim-de-semna e, depois das lágrimas, ganhei a lua.)
Beijos grandes
Beijo