CHEIRO A CHUVA

Cheira a chuva e até as árvores estremecem!
Como se pressentissem que a chuva as vai sacudir, massacrar, dilacerar os troncos e as folhas toda a noite!
Na linha do horizonte, há uma nuvem espessa, escura que o vento está a trazer, lentamente, para terra. O céu perde a cor e parece ficar coberto de cinza - dum branco opaco, opressivo que um relâmpago mais atrevido começa a rasgar!
Sem qualquer aviso, a nuvem passa e o céu volta a ficar azul, mas um azul tão carregado, tão dorido que se fica com medo.
A chuva ultrapassa a fronteira e começa a fustigar, com força, com determinação, tudo o que encontra pela frente!
Afinal, as árvores tinham razão - a chuva vai provocar estragos, em tudo e em todos, a noite inteira!

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